Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação / Destinos

ALTA: Brasil caminha ‘a passos largos’ para modernizar setor aéreo e expandir operações

Luis Felipe de Oliveira ALTA

Luis Felipe de Oliveira, diretor executivo da ALTA

RIO DE JANEIRO – O Fórum ALTA Airline Leaders, que acontece em Brasília entre 27 e 29 de outubro, debaterá a “competitividade” dentro da indústria de aviação comercial, um assunto que não poderia estar mais em alta pelo atual momento do setor, com a chegada cada vez maior de empresas de baixo custo (low-costs) e, particularmente no Brasil, um conjunto de conquistas alcançadas junto ao Governo Federal, como a concessão de aeroportos, a flexibilização das regras aeroportuárias e a aprovação de até 100% do capital estrangeiro nas aéreas brasileiras.

O anfitrião do Fórum ALTA Airlines Leaders, que reunirá empresas e os mais importantes executivos do setor do Brasil e de todo o mundo, é Luis Felipe de Oliveira, diretor-executivo da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA). Em entrevista exclusiva ao M&E, media partner do evento, Luis aproveitou a oportunidade para justificar o que afirmou ao portal FlightGlobal, de que o Brasil não seria “competitivo” dentro da atual indústria de aviação comercial, como divulgado pelo próprio M&E no começo desta semana.

De acordo com o executivo, hoje o País caminha em “passos largos” no processo de modernização da regulamentação da aviação comercial. Luis cita uma série de fatores positivos que adequam o Brasil a um modelo internacional, gerando a possibilidade do País ganhar a operação de novas transportadoras.

aeroporto movimentação inframerica

Concessão dos aeroportos traz melhor infraestrutura, maior qualidade e mais voos

“O Brasil tem caminhado a passos largos nesta modernização da regulamentação. Temos uma série de fatores positivos, como a liberação da bagagem, o que faz com o que consumidor escolha o que quer comprar, e o capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras, extremamente positivo pelo fato de nossos custos serem em torno de 60% em dólares, e agora poder de ter um investidor externo minimizando os riscos em caso de uma variação cambial muito forte”, disse o diretor da ALTA. “Outro ponto positivo é a concessão dos aeroportos, já que o estado não tinha condições de fazer estes investimentos necessários. Com uma melhor infraestrutura, o passageiro tem consequentemente uma melhor experiência de viagem, maior qualidade e mais voos”, completou Luis Felipe.

Os desafios do setor

São fatores que, de acordo com o próprio executivo, têm tudo para atrair novas companhias aéreas. No entanto, Luis Felipe de Oliveira reconhece que há outros pontos que têm que ser aprimorados. O principal deles, boa parte da população já conhece bem: o custo Brasil. “O País ainda é caro para as companhias aéreas. Comercializamos o combustível mais caro do mundo, comprometendo de 30 a 35% dos custos operacionais de uma companhia. No mercado internacional, esta variação é de 22 a 23%”, disse o diretor.

“Temos no Brasil o combustível mais caro do mundo, comprometendo de 30 a 35% dos custos operacionais de uma companhia. No mercado internacional, esta variação é de 22 a 23%” (Luis Felipe de Oliveira, diretor da ALTA)

Ainda de acordo com o executivo, “a queda nos preços poderia mudar o panorama do Brasil em busca de colocar as companhias aéreas nacionais no patamar de competitividade. A redução de custos seria positiva não só para flexibilização das companhias, mas pela possibilidade desta queda ser repassada ao consumidor final, que pagaria um ticket médio menor em suas viagens”, completou Luis Felipe de Oliveira.

Em nome da ALTA, Luis Felipe de Oliveira ainda elencou outros desafios que serão encontrados pelo caminho. Um deles é a dimensão continental do Brasil, que não conta com aeroportos low-cost, nem com combustível low-cost. “A Aviação cresce do dobro do PIB dos países. Se o Brasil crescer 2%, a aviação vai crescer de 4 a 6% porque reage muito bem aos fatores macroeconômicos dos países. E ai que caimos nos mesmo gargalos. Apesar dos avanços em infraestrutura, ainda esbarramos nos altos custos, na judicialização e em outros fatores que afetam as operações das companhias aéreas e não as tornam competitivas”, completou Luis.

O M&E é media partner do Fórum ALTA Airline Leaders 2019

Receba nossas newsletters