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Aviação / Destinos / Política

Brasil não é “competitivo” dentro da indústria de aviação comercial, diz ALTA

O Fórum Alta Airline Leaders, que acontece em Brasília entre os dias 27 e 29 de outubro, terá a “competitividade” no centro do debate. E apesar do Brasil ostentar cerca de 40% do PIB de toda a América Latina, não “é um país competitivo dentro da indústria” de aviação comercial global. Isto é o que afirmou o diretor da ALTA (Associação do Transporte Aéreo da América Latina e Caribe), Luis Felipe de Oliveira, em entrevista ao portal FlightGlobal.

Divulgação Aeroporto de Brasília

Atualmente, o Brasil tem o QAV mais caro do planeta. Enquanto o gasto com combustível compromete cerca de 22,5% dos custos operacionais das companhias globais, no Brasil esta fatia chega a 30%

O CEO da ALTA cita o preço de combustível como um dos grandes imbróglios enfrentados pelo setor. Atualmente, o Brasil tem o QAV mais caro do planeta. De acordo com Felipe de Oliveira, enquanto o gasto com combustível compromete cerca de 22,5% dos custos operacionais das companhias globais, no Brasil esta fatia chega a 30%. “Considerando as baixíssimas margens que temos na indústria, isto realmente nos afeta bastante e reduz de forma consequente a competividade do Brasil na região e no mundo”, disse o CEO da ALTA.

Felipe de Oliveira deixou claro, no entanto, que segue trabalhando em conjunto com o governo para criar uma maior transparência sobre os custos do combustível, bem como a mudança da categoria do QAV de Jato A para Jato A-1 no Brasil. A principal diferença entre os dois é o ponto de congelamento, ou seja, a temperatura na qual os cristais de cera desaparecem em um teste de laboratório.

“Todo passageiro que não se sente bem tratado pelas companhias aéreas, reivindica algo. E os júris também estão muito [interessados] em aplicar multas astronômicas às companhias aéreas. É algo que precisamos mudar”, diz Felipe de Oliveira, CEO da ALTA.

O CEO da ALTA cita ainda que o Brasil precisa urgentemente de uma reforma no código de aviação, atualmente obsoleto com relação ao limite de operações, principalmente em termos de duração de voos para a tripulação. “É algo que precisa ser revisto e mudado para que se adapte às novas tecnologias, às novas aeronaves e às novas rotas que podem durar até 19 ou 20 horas”, destacou Felipe.

Entre outras questões que atrapalham o desenvolvimento do setor, destaque para o caso das companhias aéreas brasileiras também enfrentarem um grande nível de ação legal contra elas.  “Todo passageiro que não se sente bem tratado pelas companhias aéreas, reivindica algo”, lamenta Oliveira. “Os júris também estão muito [interessados] em aplicar multas astronômicas às companhias aéreas. É algo que precisamos mudar”, completou.

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