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Aviação

American redefine volta gradual dos voos e reafirma compromisso com Brasil

FOTO 2019

Alexandre Cavalcanti, diretor Comercial da American Airlines (Divulgação)

A retomada gradual da oferta no Brasil. Os 30 anos de operação no país. A segurança em voar. Os novos protocolos em solo e a bordo. O compromisso com o mercado brasileiro. E a restruturação de toda a equipe no Brasil de 2019 para 2020, seja por processos já definidos ou por conta da pandemia. Todos estes assuntos foram abordados num bate-papo exclusivo com o diretor Comercial da American Airlines no Brasil, Alexandre Cavalcanti.

Antes de tudo, as novidades. De acordo com Cavalcanti, a retomada dos voos da American para o Brasil foi redefinida. E isso está longe de ser problema de demanda, que segundo ele segue reprimida.

“Tivemos que mexer na nossa programação, não por conta da demanda, que identificamos estar reprimida, mas pelas restrições ainda impostas. Analisamos cargas, demanda de passageiros e fronteiras, os três fatores que impactam no ajuste de nossa operação”, disse o diretor. “Teremos um volume suficiente (de demanda) para que possamos retomar as operações”, completou Alexandre, ao citar o retorno das viagens após as restrições

Diferente do que tinha sido anunciado em agosto, a American decidiu adiar a retomada dos voos nas rotas São Paulo-Nova York (diário com B777s) e Manaus-Miami (cinco vezes na semana com A319s – passa a ser diário em junho) de dezembro para janeiro

Diferente do que tinha sido planejado e anunciado em agosto, a American decidiu adiar a retomada dos voos nas rotas São Paulo/GRU-Nova York/JFK (diário com B777s) e Manaus-Miami (cinco vezes na semana com A319s – passa a ser diário em junho) de dezembro para janeiro. Os voos entre Rio de Janeiro e Miami estão confirmados para dezembro mesmo (diários operados por B787s) e as rotas SP-Miami e SP-Dallas (na última semana), por sua vez, já foram retomadas.

Segurança e flexibilidade em voar American

american protocolos

Com a chegada da pandemia, time da American tem a missão de reafirmar o compromisso com a segurança do passageiro

Alexandre Cavalcanti está à frente da diretoria Comercial da American Airlines no Brasil desde novembro de 2019, após dois anos em Dallas (EUA), quando assumiu a responsabilidade em manter a liderança da American Airlines entre as companhias internacionais no mercado brasileiro. Com a chegada da pandemia, todo o seu time tem a missão de reafirmar o compromisso da companhia norte-americana com a segurança do passageiro.

“Temos uma renovação quase que mensal dos nossos protocolos desde que iniciamos todo este processo de higienização de cada superfície dentro da aeronave, e todos os nossos equipamentos contam com o filtro HEPA, justamente para trazer mais tranquilidade ao passageiro na hora de viajar. Dentro da aeronave ficou provado que o filtro renova o ar, que é seguro o suficiente, junto com nossos procedimentos de limpeza, para que possamos voltar a voar com segurança”, disse Cavalcanti. “Além disso, fizemos uma série de ajustes nos programas de fidelidade e nas regras tarifárias”, completou o diretor.

“Temos uma renovação quase que mensal dos nossos protocolos desde que iniciamos todo este processo de higienização de cada superfície dentro da aeronave e todos os nossos equipamentos contam com o filtro HEPA, justamente para trazer mais tranquilidade ao passageiro na hora de viajar”

Vamos então ao que foi instaurado: extensão da validade do status do programa AAdvantage; novas regras de tarifas dentro de uma flexibilização que, segundo o diretor da AA, nunca foi vista na American e na indústria de aviação; flexibilização total do bilhete; uso obrigatório de máscaras a bordo; utilização de EPIs; e alterações no serviço de bordo da primeira classe da executiva, com refeições lacradas servidas de uma só vez (entrada, prato principal e sobremesa).

“Para quem comprou passagens até 30 de setembro, não terá multa e nem adicional de tarifa para voos de longa duração. No mesmo período, para voos domésticos e internacionais de pequena distância, as multas também não serão aplicadas. Além disso, ainda estendemos a validade do bilhete para 31 de dezembro de 2021 e criamos outras maneiras de flexibilização, com empresas que mantiveram crédito ao invés de pedirem reembolso, por exemplo”, destacou o diretor.

30 anos de operação e compromisso com mercado brasileiro

Alexandre Cavalcanti, gerente de Vendas para o RJ e Nordeste

Alexandre Cavalcanti, em 2016, na época em que era gerente de Vendas para o RJ e Nordeste (Pedro Menezes/M&E)

Alexandre Cavalcanti está há 21 anos na American Airlines. Começou como estagiário e viu a companhia crescer no mercado brasileiro da mesma maneira que ele cresceu dentro da empresa. Antes de ir para Dallas, onde foi responsável por implementar estratégias comerciais para o mercado de turismo de lazer, o executivo ainda ocupou a posição diretor de Vendas para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil.

Hoje tem a missão de liderar o comercial num dos maiores mercados globais para a American, neste momento difícil de pandemia e num ano em que a American completa três décadas de operação ininterruptas no mercado brasileiro. “Temos um compromisso com o Brasil, são 30 anos de operação, uma verdadeira história”, frisou Cavalcanti. “E hoje temos um grande legado por todos os investimentos que fizemos nas bases que operamos, principalmente em Guarulhos”, completou.

“A Covid vai passar, as pessoas vão voltar a voar. Vamos divulgar o que temos de bom na nossa recuperação, isso vai fazer com o que todo o setor enxergue suas oportunidades. Aqui na American estamos prontos para ajudar todos os parceiros”

Alexandre fez questão de destacar, durante a entrevista ao M&E, que “são 30 anos de Brasil, 30 anos de comprometimento, um período que será dobrado (60 anos) e triplicado (90 anos). E neste momento precisamos ser ainda mais positivos, a indústria como um todo precisa traçar o lado positivo das coisas, a Covid vai passar, as pessoas vão voltar a voar. Vamos divulgar o que temos de bom na nossa recuperação, isso vai fazer com o que todo o setor enxergue suas oportunidades. Aqui na American estamos prontos para ajudar todos os parceiros”, destacou.

Uma recente e próspera aliança com a Gol

Acordo envolve 53 voos da Gol em diversos destinos

Aliança com a Gol teve início em fevereiro deste ano

Com mais de duas décadas na American Airlines, Cavalcanti acumula vasta experiência na indústria de aviação e turismo, e um longo relacionamento com mercado, tendo atuado em diferentes áreas. Foi coordenador das lojas American Airlines no Rio de Janeiro, de 2003 a 2009, e também atuou na área de Planejamento Comercial para a divisão da América Latina. É este mesmo relacionamento que a American agora tem com a Gol.

“Uma recente aliança (criada em fevereiro deste ano), que sofreu com o impacto da Covid-19 e que será estreitada sempre que possível. São parceiros que admiramos muito e que têm um produto muito bom. Hoje já existe o codeshare, fizemos mudanças nos programas Smiles e AAdvantage e temos uma parceria na comunicação. E sim, existe grandes chances de expandirmos nosso codeshare, dependendo do que cada empresa coloque de volta no ar no período pós-pandemia”, destacou o diretor Comercial da AA no Brasil.

Restruturação da equipe no Brasil

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Alexandre Cavalcanti voltou no ano passado, como diretor Comercial Brasil, enquanto Dilson Verçosa assumia a América do Sul e Central

Alexandre completa agora em novembro seu primeiro ano como diretor Comercial da American Airlines no Brasil, segundo ele um grande desafio, ainda mais em tempos de pandemia. Foi justamente ela que obrigou a companhia a se reestruturar não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil. De acordo com Cavalcanti, a redução do quadro de funcionários foi necessária, embora não tenha desestruturado em nada a sua equipe.

“Mantivemos um grupo com muita sinergia e totalmente eficiente para atender a demanda Brasil. Tínhamos antes um grupo bem estruturado para o Brasil que já não víamos há alguns anos. Isto porque estávamos com o mesmo número de colaboradores de quando vóavamos para dez cidades no Brasil. Hoje temos uma equipe pronta para uma nova demanda, uma nova indústria, após termos sido obrigados a realizar uma reestruturação em julho”, destacou Alexandre.

Alexandre lembrou que a reestruturação em função da pandemia não tem nada a ver com o processo de saída de Dilson Verçosa e José Roberto Trinca. “Hoje temos uma equipe pronta para uma nova demanda, uma nova indústria, após termos sido obrigados a realizar uma reestruturação em julho”

Essa reestruturação em função da pandemia não tem nada a ver com o processo de saída de Dilson Verçosa e José Roberto Trinca, que já estava devidamente programado para acontecer. Trinca deixou a companhia em agosto e Verçosa ainda está em processo de transição, que se encerra agora em janeiro. “Existia toda uma programação para as saídas. Desde que eu voltei ao Brasil, em outubro de 2019, Dilson assumiu a América do Sul, como já vinha sendo planejado, e a programação se manteve, com suas saídas anunciadas também em julho”, completou.

O investimento em capacitação e promoção no Brasil

Patricia Lacerda, da American, conversa com os agentes de viagens

Investimento e participação em feiras e eventos continuará em 2021

Embora a American seja considerada a maior companhia aérea do mundo, a promoção, o marketing e a capacitação não podem parar. Ainda mais no mercado brasileiro, vital para suas operações. De acordo com Alexandre, a companhia “tem que continuar esse processo de capacitação. Precisamos nos unir, reeducar o mercado, capacitar a indústria, então todo este investimento nos agentes de viagens será contínuo”, disse.

O diretor frisou que a pandemia teve um papel importante na questão da American ajudar os agentes e a todo o trade a enxergar a luz no fim do túnel, as oportunidades que têm pela frente e como trabalhar o mercado neste momento pós-pandemia. “Vamos trabalhar o mercado, ajudá-lo a se posicionar. Trabalhamos com diversas frentes de promoção, de divulgação, de informações sobre reabertura. Queremos informar o mercado sobre tudo que acontece nos Estados Unidos e mostrar aos agentes, para que mostrem aos seus clientes que é seguro voar”, finalizou Alexandre.

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