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Aviação

Após acordo com Neeleman, Portugal chega a 72,5% de participação na TAP

O modelo escolhido para operar os novos voos foi o A321NEO

Estado garante controle da companhia e contratará uma empresa para escolher a nova diretoria

Após acordo com os acionistas privados da TAP, o governo português chegou a uma participação de 72,5% na companhia aérea. O estado adquiriu metade das ações pertencentes ao consórcio Atlantic Gateway, que detinha 45% da companhia, por 55 milhões de euros (aproximadamente R$ 329 milhões). O anúncio foi feito nessa quinta-feira (2) pelo ministro das Finanças, João Leão, em coletiva de imprensa.

O capital, equivalente a 22,5%, pertencia ao empresário David Neeleman, que não concordou com as condições exigidas pelo governo para garantir o auxílio estatal de 1,2 bilhão de euros à companhia. O percentual inclui os 6% de participação da Azul Linhas Aéreas, vendidos por aproximadamente 11 milhões de euros (R$ 65 milhões).

Com a aquisição, o estado português assegura o controle da empresa, e decidirá sobre o futuro de seu conselho executivo. O restante das ações continua na mão do empresário português Humberto Pedrosa (22,5%) e dos funcionários da TAP (5%). “Desta forma, conseguimos desbloquear o empréstimo à TAP e evitar a falência de uma empresa essencial para o país. O Estado passa a ter um papel determinante na TAP, assegurando também assim uma gestão adequada do montante elevado do empréstimo”, explicou o ministro.

Em relação a montagem da nova diretoria da TAP (a anterior foi escolhida pelos acionistas privados), o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que o governo vai contratar uma empresa para recrutar a nova equipe.

“Não há nenhuma razão para que o Estado escolha uma equipe para gerir a TAP de forma diferente do que faz um acionista privado. O que o Estado português tem que começar a fazer na TAP é adotar procedimentos profissionais e rigorosos de escolha das equipas de gestão. O que faremos é a contratação de uma empresa especializada em procurar, neste caso no mercado internacional, gestores qualificados, experientes e com competências na área da aviação”, explicou.

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