Com a retomada do tráfego aéreo internacional e viagens aéreas domésticas voltando aos níveis pré-pandemia, a Boeing estima uma demanda global por 42.595 novos jatos comerciais até 2042, o que corresponde a US$ 8 trilhões. A projeção faz parte da Previsão do Mercado Comercial 2023, com as estimativas da empresa sobre a demanda por aeronaves comerciais e serviços nos próximos 20 anos, antes do Paris Air Show.
De acordo com o estudo, o tráfego de passageiros continua superando o crescimento econômico global de 2,6%; a frota global quase duplica para 48,6 mil jatos, com crescimento de 3,5% ao ano; e as companhias aéreas substituirão cerca de metade da frota global por modelos novos e mais econômicos.
“O setor da aviação demonstrou resiliência e adaptabilidade após uma interrupção sem precedentes, com as companhias aéreas respondendo aos desafios, simplificando suas frotas, melhorando a eficiência e capitalizando com a volta da demanda”, disse Brad McMullen, vice-presidente sênior de Vendas Comerciais e Marketing da Boeing.
POR REGIÃO – As projeções da Boeing para a demanda regional e as principais tendências até 2042 revelam que os mercados da Ásia-Pacífico representam mais de 40% da demanda global, com metade desse total na China. Já a América do Norte e a Europa serão responsáveis, cada uma, por cerca de 20% da demanda global. As companhias aéreas de baixo custo, por sua vez, vão operar mais de 40% da frota de corredor único em 2042, bem acima dos 10% estimados há 20 anos.
POR AERONAVE – As novas aeronaves de corredor único representarão mais de 75% de todas as novas entregas – um pouco acima do apresentado na perspectiva de 2022 –, totalizando mais de 32 mil aeronaves. Já os novos jatos de fuselagem larga devem representar quase 20% das entregas, com mais de 7.400 aeronaves, até 2042, permitindo que companhias aéreas atuem em novos mercados e atendam às rotas atuais com mais eficiência.