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Aviação / Política

CEO da Latam critica carga tributária e afirma: ‘o Brasil hoje é uma tartaruga’

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, participou nesta quarta-feira (10) do programa “E Agora, Brasil?”, que discutiu, nesta quarta-feira (10), o reaquecimento do turismo internacional no país. Sem papas na língua, Jerome fez um apelo em meio ao debate para que o Brasil possa sair diferente desta crise, de olho num longo prazo. Segundo ele, o país é hoje uma tartaruga perto de outros importantes mercados, como o norte-americano.

“Meu apelo é para que aproveitemos essa crise para sair diferente dela, olhando para o que queremos a longo prazo. O Brasil hoje é uma tartaruga, voamos cinco vezes menos que os norte-americanos, por exemplo. Vamos quebrar essas barreiras e não pensar em coisas complementares de curto prazo. Temos um potencial enorme, mas uma carga tributária gigante, uma falta de competitividade em insumos, politicas que mudam o tempo todo e é essa ineficiência estrutural no turismo do Brasil encarece a operação das companhias aéreas”, disse.

“Temos um potencial enorme, mas uma carga tributária gigante, uma falta de competitividade em insumos, politicas que mudam o tempo todo e é essa ineficiência estrutural no turismo do Brasil encarece a operação das companhias aéreas”.

A companhia aérea aposta que o mercado internacional volte aos níveis pré-pandemia apenas em 2023 e 2024. “Isso se deve ao fato de que existe mais tranquilidade de viajar no doméstico do que atravessar uma fronteira. Apesar das barreiras, como por exemplo nos Estados Unidos, estarem caindo, a viagem em si é um pouco mais complicada. Comprovar vacina, fazer exames e testes de Covid…Isso faz com que as pessoas tenham mais dificuldades no planejamento de uma viagem internacional”, disse.

Para Jerome Cadier, é necessário ainda dividir o cenário atual em dois para entender a recuperação. “Temos, por um lado, a recuperação do doméstico, que vem sendo sólida desde o mês de abril, aumentando a cobertura de voos e destinos, com vendas subindo e boas perspectivas para os próximos meses. E por outro lado, temos o internacional, que a situação é diferente. A retomada deste mercado vem acontecendo, porém de forma mais lenta”, explicou o CEO.

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