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Aviação

CEO da Embraer destaca planos de expansão na frota e nas rotas para América Latina e Caribe 

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Atualmente, existem mais de 220 aeronaves da Embraer voando na região (Divulgação/Embraer)

O CEO da Embraer, Arjan Meijer, concedeu uma entrevista à Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), no qual aborda os planos da empresa para a próxima década, mirando o mercado da América Latina e Caribe, e promovendo a substituição dos jatos mais antigos por aeronaves de nova geração, mais eficientes, além melhorar a conectividade na região.

“A América Latina e o Caribe sempre foram uma região importante para a Embraer. No entanto, acreditamos que o mercado mudou desde a pandemia. Há uma demanda crescente para o nosso segmento – entre 70 a 150 assentos – pois apesar da recuperação do tráfego, a conectividade na região ainda requer melhorias. Isso só pode ser alcançado se os novos destinos estiverem vinculados aos principais hubs, o que exigirá aeronaves de tamanho adequado”, explica.

“A América Latina e o Caribe sempre foram uma região importante para a Embraer. Há uma demanda crescente para o nosso segmento – entre 70 a 150 assentos – pois apesar da recuperação do tráfego, a conectividade na região ainda requer melhorias”

Atualmente, existem mais de 220 aeronaves da Embraer voando na região, com mais de 15 anos de operação, sendo que, segundo o executivo, o plano é promover a substituição dos modelos para versões mais eficientes e sustentáveis.

“O E195-E2, por exemplo, oferece quase 30% de redução no consumo de combustível em comparação com as fuselagens da geração anterior, o que não apenas reduzirá o custo operacional de uma companhia aérea, mas também reduzirá drasticamente suas emissões de CO2”, contextualiza.

Na América Latina e no Caribe, mais de 80% da frota de jatos de corredor único possui mais de 150 assentos, o que compromete o desenvolvimento da conectividade, conforme o executivo. “Vemos oportunidade para as companhias aéreas introduzirem jatos abaixo de 150 assentos para complementar sua operação de NBs, o que lhes permitirá abrir novos mercados e adequar melhor a capacidade às flutuações de demanda”, afirma.

Em relação a recuperação do tráfego aéreo regular, a América Latina e o Caribe têm sido uma das regiões de recuperação mais rápida, de acordo com dados da Iata. Em 2022, o RPK total na região ficou apenas 14,2% abaixo de 2019, logo atrás da América do Norte.

EMBRAER E2

Embraer E2 (Divulgação/E2)

Considerando apenas o tráfego doméstico, a Colômbia e o México já superaram os números pré-pandemia. O Brasil encerrou 2022 com 91% do RPK de 2019. “Então, vemos uma perspectiva positiva para a região. No entanto, ainda há oportunidades para melhorar a conectividade na região”, observa.

A título de comparação, nos Estados Unidos, em 2022, 1.050 cidades foram atendidas pela aviação regular, enquanto no Brasil apenas 120 cidades contam com voos regulares, e no México, 54 cidades. ”Essa conectividade só é possível com o desenvolvimento da aviação regional, que aumentará a demanda por jatos entre 70 e 150 assentos na região”, comenta.

A Embraer entregou 80 jatos no quarto trimestre, dos quais 30  são aeronaves comerciais e 50 são jatos executivos, fechando um forte ano para a Embraer. Em 2022, foram entregues 159 jatos, sendo 57 aeronaves comerciais e 102 jatos executivos. A empresa aumentou o número de aeronaves entregues em 12,7% em relação a 2021, mesmo com restrições significativas na cadeia de suprimentos.

A carteira de encomendas a entregar encerrou o 4T22 em US$ 17,5 bilhões, US$ 500 milhões a mais em relação ao ano anterior. A receita atingiu US$ 2 bilhões no trimestre (53% superior ao 4T21) e US$ 4,5 bilhões em 2022, alinhado com a orientação da empresa.

“A capacidade de assentos certa e os custos operacionais mais baixos ajudam as companhias aéreas a desenvolver suas redes de maneira lucrativa e oferecer suporte à conectividade na região”

Em termos de orientação para 2023: entrega de 65 a 70 jatos comerciais, entregas de 120 a 130 jatos executivos, receitas na faixa de US$ 5,2 a US$ 5,7 bilhões, margem EBIT ajustada de 6,4% a 7,4%, margem EBIT ajustada de 6,4% a 7,4%, margem EBITDA de 10,0% a 11,0% e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 150 milhões ou mais no ano.

“A América Latina sempre foi uma região importante para a Embraer, não apenas pela nossa herança, já que nossa sede é no Brasil, mas porque nossas aeronaves atendem aos requisitos da região. A capacidade de assentos certa e os custos operacionais mais baixos ajudam as companhias aéreas a desenvolver suas redes de maneira lucrativa e oferecer suporte à conectividade na região”, enfatiza o CEO.

AZUL E2 EMBRAER e1663166930146 CEO da Embraer destaca planos de expansão na frota e nas rotas para América Latina e Caribe 

Embraer E2 na frota da Azul Linhas Aéreas (Divulgação/Azul)

Atualmente são 231 aeronaves da Embraer, voando em 27 companhias aéreas de 17 países da América Latina e Caribe. Essa frota representa cerca de 10% do total de aeronaves de serviço da Embraer e mais de 20% da frota de E190/E195. A Azul é a maior operadora do E195 e cliente lançadora do E195-E2. “Por isso estamos confiantes no aumento da demanda na América Latina e no Caribe tanto para o E1 quanto para o E2”, declara o executivo.

Sustentabilidade como foco na Embraer

A Embraer reconhece a urgência da crise climática e está comprometida com um futuro sustentável e por isso, as aeronaves E2 mais novas reduzem o consumo de combustível em 25% em relação às aeronaves anteriores.

“Trabalhamos com combustíveis alternativos sustentáveis (SAF) há mais de 10 anos e no ano passado realizamos um teste com o parceiro de motores Pratt and Whitney provando que o E2 pode voar 100% SAF”, aponta Arjan Meijer.

“Trabalhamos com combustíveis alternativos sustentáveis (SAF) há mais de 10 anos e no ano passado realizamos um teste com o parceiro de motores Pratt and Whitney provando que o E2 pode voar 100% SAF”

Vale destacar o projeto Energia da Embraer, que explora uma série de conceitos sustentáveis para transportar até 50 passageiros. O projeto está considerando uma série de fontes de energia, propulsão e arquiteturas de fuselagem para reduzir as emissões de carbono em 50% a partir de 2030, um passo na meta de serem neutros em carbono até 2050.

“A Embraer também está trabalhando em estreita colaboração com as principais universidades e instituições acadêmicas para superar os desafios de coleta, armazenamento e gerenciamento térmico de energia, bem como explorar novas maneiras de tornar as operações comerciais mais eficientes com clientes e governos globais”, finaliza.

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