FAA interrompe expansão de produção de B737 MAXs após falha nos requisitos de qualidade

De acordo com a FAA, “foram encontrados vários casos em que as empresas supostamente não cumpriram os requisitos de controle de qualidade de fabricação” (Divulgação)

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) interrompeu a expansão da produção do Boeing 737 MAX após uma auditoria de seis semanas na Boeing e na Spirit AeroSystems. De acordo com a FAA, “foram encontrados vários casos em que as empresas supostamente não cumpriram os requisitos de controle de qualidade de fabricação”. Isso acontece após o incidente no voo 1282 da Alaska Airlines, no dia 5 de janeiro, em que o tampão da porta explodiu em pleno voo.

“A FAA identificou problemas de não conformidade no controle do processo de fabricação da Boeing, manuseio e armazenamento de peças e controle de produtos. A FAA está fornecendo esses detalhes ao público como uma atualização para a investigação em andamento da agência”, disse a agência.

Ainda segundo a FAA, para responsabilizar a Boeing por seus problemas na qualidade de produção, foi preciso interromper a expansão da produção do MAX, além de explorar o uso de terceiros para conduzir análises independentes dos sistemas de qualidade e continuar aumentando sua presença nas instalações da Boeing em Renton, Washington, e nas instalações da Spirit AeroSystems em Wichita, Kansas.

No mês passado, foi anunciado que o chefe do programa do B737 MAX da Boeing, Ed Clark, estava deixando a empresa e sendo substituído pela vice-presidente de Operações de Entrega do Boeing 737, Katie Ringgold. Agora, a Boeing tem 90 dias para formar um plano abrangente de ações corretivas. E a FAA disse que revisará minuciosamente todas estas ações corretivas da Boeing para determinar se elas atendem totalmente às suas conclusões.