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Air France e Airbus receberam a ajuda do governo francês.
O governo da França anunciou nesta terça-feira (9) um plano resgate financeiro de 15 bilhões de euros para o setor aéreo, com o objetivo de reduzir os impcatos provocados pela pandemia de Covid-19. O montante, que será destinado a companhia aérea Air France e à fabricante Airbus, é composto de investimento direto do governo, subsídios, empréstimos e garantias de empréstimos.
O anuncio foi realizado pelo ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, que apontou o setor como “orgulho nacional” e destacou que a Europa, defendida pela Airbus, não sacrificaria seu lugar no mercado para a gigante americana Boeing ou a futura concorrente chinesa de fabricação de aviões, COMAC.
O setor aeroespacial e de aviação foi severamente afetado pela crise global causada pela pandemia do COVID-19. O ministro lembrou que é um setor importante na França que emprega quase 200 mil pessoas, das quais 48 mil somente na Airbus.
OS PLANOS DE RESGATE
Os plano incluem 7 bilhões de euros de ajuda já concedidos à Air France e antecipam alguns gastos em defesa. A estratégia ainda envolve um esforço conjunto do governo e da indústria para manter empregos de fornecedores franceses e preparar a próxima geração de jatos civis.
Os planos incluem um fundo de investimento de 1 bilhão de euros com capital inicial de 500 milhões de euros, parcialmente financiado pelas fabricantes de aviões Airbus e Dassault Aviation, fabricante de motores Safran, e empresa de sistemas Thales. A medida ocorre depois que a Boeing pediu dezenas de bilhões em garantias de empréstimos para ajudar os fornecedores dos EUA. Tanto a Airbus quanto a Boeing compram peças nos mercados domésticos e os frágeis fornecedores são vistos como um fragilidade nesta recuperação pós-pandemia.
Em troca da ajuda, o governo francês exigirá que as empresas invistam cada vez mais rápido em eletricidade, hidrogênio ou outros gases poluentes de baixa emissão, já que a França pretende tornar sua indústria de aviação “a mais limpa do mundo”. “Nosso objetivo é ter um avião neutro em carbono em 2035 em vez de 2050, graças especialmente a um motor (ultraeficiente) que usa hidrogênio”, disse Le Maire.
