Governos municipal, estadual e federal debatem recuperação do Galeão (RJ)

Reunião contou com líderes do RIOgaleão, Embratur, Turismo, Portos e Aeroportos, além do prefeito Eduardo Paes e representantes do governo estadual realizada neste sábado (21), no RIOgaleão (Roberto Castro/MTur)

O Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, foi palco de uma reunião de representantes do governo federal, estadual e municipal e a própria concessionária que o opera atualmente, neste sábado (21), para encontrar caminhos de uma recuperação do terminal. Na saída da reunião, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que a retomada do aeroporto é estratégica para o turismo internacional e, por consequência, para a economia do Rio de Janeiro e do Brasil.

“Qualquer pessoa no mundo quer vir para o Rio de Janeiroe conhecê-lo como porta de entrada do Brasil, mas encontra dificuldades por conta da precariedade das condições atuais do Galeão. Tivemos uma reunião muito proveitosa. O governo Lula está empenhado em ajudar o Rio de Janeiro, a recuperar o Galeão e seguir dialogando com a empresa. A gente sai desta reunião, hoje, com a perspectiva do turismo melhorar, avançar e recuperar o terminal”, disse Freixo.

“Tivemos uma reunião muito proveitosa. O governo Lula está empenhado em ajudar o Rio de Janeiro, a recuperar o Galeão e seguir dialogando com a empresa”

Além dele, participaram da reunião o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, representantes do governo estadual, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e a ministra do Turismo, Daniela Carneiro. A conversa foi justamente com os representantes da empresa atual de licitação para entender o atual abandono do terminal. É bom lembrar que a administração irá mudar. A devolução amigável do aeroporto teve início com a solicitação da Concessionária RIOgaleão, em fevereiro de 2022.

Daniela Carneiro, ministra do Turismo, e Eduardo Paes, prefeito do Rio (Roberto Castro/MTur)

“Precisamos garantir um atendimento de qualidade e uma infraestrutura turística com acessibilidade para que os turistas e todo o seja beneficiado. Queremos que o Galeão retome o seu protagonismo!”, disse Daniela Carneiro, ministra do Turismo. “Debatemos possíveis caminhos para os desafios que temos para ampliar o número de voos neste que é um dos maiores aeroportos do país. Nossa presença nesta reunião de trabalho reafirma o compromisso do nosso governo, junto ao presidente Lula, com o destino mais visitado do país!”, completou.

Em novembro, quase quatro meses após o governo autorizar a continuidade no processo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou a proposta de Termo Aditivo do Contrato de Concessão relativo à relicitação do aeroporto. Segundo a agência, o anexo do contrato trazia as condições para prestação do serviço durante o processo de nova licitação do aeroporto até sua completa transferência para um novo concessionário.

“O Rio de Janeiro tem dois aeroportos grandes, que não podem ser competitivos, e sim complementares”

Segundo Freixo, a situação atual do terminal é de abandono, por uma situação específica da cidade. “O Rio de Janeiro tem dois aeroportos grandes, que não podem ser competitivos, e sim complementares. O Santos Dumont recebe 9 milhões de passageiros por ano, já está no seu máximo, enquanto o RIOgaleão recebe apenas voos internacionais. Temos que dar condições do terminal ter mais voos, mais malha para chegar a outros lugares, o que é fundamental para a recuperação também da indústria do Rio, por conta das cargas, e para a chegada de turistas internacionais”, finalizou.

Já de acordo ministro Márcio França, o governo federal está empenhado na pauta do Galeão e trabalha para o melhor caminho. “O Galeão não é um problema, é a solução. E o presidente Lula está atento a essa questão”, concluiu.

O Aeroporto Internacional do Galeão já recebeu R$ 2,5 bilhões em investimentos e R$ 221 milhões em turismo e negócios aéreos. Para o CEO da concessionária RIOgaleão, Alexandre Monteiro, a empresa está comprometida com o atendimento de excelência e 100% preparada para o carnaval.

“Essa reunião teve dois objetivos muito claros: ouvir a concessionária atual, seus argumentos, e se ainda é possível a reversão da devolução do Galeão, já que o governo anterior tinha um desejo obsessivo e irresponsável de enxotar do Brasil a maior operadora de aeroportos do mundo. E nós acreditamos que sim, ainda há tempo. Até porque, o tempo a ser gasto e o custo de uma nova concessão serão péssimos para todos. E o segundo, mostrar a visão da cidade sobre a melhor distribuição de voos entre Galeão e Santos Dumont, para que o funcionamento de um não canibalize o outro, e evitar que ambos nos prejudiquem, encarecendo o preço das passagens, diminuindo a oferta de voos, turistas e empregos no Rio”, disse o prefeito Eduardo Paes.