Grupo Lufthansa será obrigado a cortar 22 mil postos de trabalho

O Grupo já se reuniu com representantes de três de seus sindicatos e juntos estabeleceram uma meta de chegar a um acordo justamente sobre as demissões

O Grupo Lufthansa será obrigado a cortar cerca de 22 mil postos de trabalho, sendo metade somente na Alemanha, e operar uma frota de apenas 100 aeronaves como estratégia para se recuperar dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Nem mesmo a ajuda de 9 bilhões de euros a redução evitará a redução do grupo, embora evite qualquer chance de insolvência das companhias.

O Grupo já se reuniu com representantes de três de seus sindicatos e juntos estabeleceram uma meta de chegar a um acordo justamente sobre as demissões, que devem ser realizadas até dia 22 de junho. A Lufthansa informou que seu objetivo é “evitar demissões, na medida do possível, por meio de contratos de trabalho”, embora neste momento seja algo praticamente inevitável dadas as atuais condições de mercado.

“Sem uma redução significativa dos custos com pessoal durante a crise, perderemos a oportunidade de um melhor reinício e arriscaremos ter o Grupo Lufthansa consideravelmente enfraquecido depois da pandemia”, afirmou o diretor trabalhista da Lufthansa, Michael Niggemann. “Queremos amenizar esse cenário. É por isso que estamos fazendo todo o possível para alcançar resultados concretos com nossos parceiros de negociação coletiva até 22 de junho”, diz Niggemann.

O CEO Grupo Lufthansa, Carsten Spohr, por sua vez, pediu “flexibilidade” aos sindicatos e disse no início deste mês que queria negociar concessões trabalhistas antes de uma reunião geral extraordinária em 25 de junho. Durante essa reunião, os acionistas tomarão uma decisão sobre o pacote de apoio financeiro de 9 bilhões de euros.

Fonte: FlightGlobal