Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação / Destinos

Por que SP–Los Angeles tem tudo para dar certo? Entenda a investida de Latam e Delta

Aline Mafra, da Latam

Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam (Pedro Menezes/M&E)

A Latam terá voos diretos entre São Paulo/GRU e Los Angeles/LAX a partir de 1º de julho de 2023. Uma operação inédita para a companhia brasileira e o primeiro grande benefício proporcionado aos passageiros através da recente aprovada Joint Venture com a Delta Air Lines. Embora inédita para a Latam, a rota já foi operada por outras companhias no passado, como a própria Delta, entre 2009 e 2010. Mas, em 2023, a brasileira será a única a voar entre as cidades.

A responsabilidade e o desafio são grandes. Mas o desejo da Latam de voar para Costa Oeste dos Estados Unidos e o estudo de mercado, que indica boas possibilidades na rota, são ainda maiores. Em entrevista ao M&E, a diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil, Aline Mafra, e o gerente de Vendas da Delta para o Brasil, Danillo Barbizan, destacaram o potencial desta grande novidade para o mercado brasileiro.

“Vemos esta rota com muito potencial quando analisamos a demanda. Vamos juntos construir o destino. O brasileiro não está acostumado a considerar a Costa Oeste para uma viagem, porque nunca houve uma oferta muito forte e densa para a região”

“Vemos esta rota com muito potencial quando analisamos a demanda. Vamos juntos construir o destino. O brasileiro não está acostumado a considerar a Costa Oeste para uma viagem, porque nunca houve uma oferta muito forte e densa para a região. Tudo tem que começar com investimento e estudo para apostar e estimular os voos. É claro que é necessário um trabalho comercial de construção de destino, tem todo um esforço de marketing, mas temos também todo o diferencial da conectividade. Ninguém nunca operou com esse potencial, com alimentação do Brasil inteiro e também, com uma grande conectividade da Delta através de Los Angeles. É um desenho que nos traz certeza de sucesso”, destacou Aline Mafra.

Danilo Barbizan, gerente Brasil da Delta

Danilo Barbizan, gerente de Vendas da Delta no Brasil (Eric Ribeiro/M&E)

Otimista com a rota, Danillo revelou ao M&E que nessa quarta-feira (23) mesmo, em visita aos clientes, todo mundo já estava comentando sobre o voo, conferindo tarifas no GDS, assim que o voo foi publicado. “O primeiro ponto é a conectividade deste voo. O segundo ponto é o volume de passageiros. E temos potencial para isso, com a Latam vindo do Brasil e a Delta levando os Estados Unidos para o Brasil. São duas empresas muito unidas e próximas dos agentes e parceiros”, destacou Barbizan.

Aline Mafra, por sua vez, já sonha com novas rotas. “Eu disse, recentemente, que estou há 17 anos na Latam e nunca vi a gente trazer tanta novidade dar passos tão relevantes dentro da malha num único ano, com mais de 100% da oferta recuperada e 10 novas bases abertas em 2022. Vemos uma demanda muito disposta a viajar, e a gente está respondendo, com toda a cautela e após a restruturação da empresa. É uma grata surpresa, por exemplo, ver 75% da oferta internacional retomada”, disse.

Tudo pensado e programado

Os viajantes agora têm à disposição 2,3 mil assentos semanais entre a cidade norte-americana e Santiago e mais de 1,6 mil entre Atlanta e Buenos Aires (Foto: divulgação)

A Joint Venture Latam-Delta permite as companhias aéreas melhorarem a experiência de viagem de seus passageiros e clientes de cargas (Divulgação)

“Neste voo, a gente decola às 23h de Guarulhos e chega em Los Angeles às 07h da manhã do dia seguinte. Poderíamos, muito bem, por produtividade, em duas horas já realizar o voo de retorno, às 09h. Mas, deste modo, não exploramos a alimentação dos EUA, que foi desenhada na hora de lançar o voo. Que horas temos que decolar de volta para aproveitar a conectividade que a Delta proporciona em Los Angeles? Por isso, nosso voo de volta parte às 13h”, disse Aline Mafra.

Por outro lado, a Delta investiu US$ 2,3 bilhões num terminal inteiro exclusivo em Los Angeles e agora pressiona o time de malha para encher o aeroporto de voos. De acordo com Barbizan, o presente e o futuro prometem uma conectividade cada vez maior a partir de LAX, seja nacionalmente, com conexões para São Francisco, Las Vegas, Salt Lake City, Seattle e até Havaí, por exemplo, ou até mesmo para o exterior, criando uma porta de saída para Ásia.

“São voos importantes para alimentar esta rota, que impulsionam inclusive o mercado corporativo. É um mix que precisamos encontrar para termos uma rentabilidade no voo” – sobre conectividade da Delta nos EUA

“São voos importantes para alimentar esta rota, que impulsionam inclusive o mercado corporativo. É um mix que precisamos encontrar para termos uma rentabilidade no voo. Quando operamos na rota, lá em 2009 e 2010, não tínhamos essa capilaridade e nem esta conectividade para crescer além de Los Angeles, com destino à Ásia e Europa. Sem dúvidas é uma rota que torna a experiência melhor para quem for viajar para Ásia, por exemplo”, frisou o gerente de Vendas.

Os próximos passos da Joint Venture

A Joint Venture Latam-Delta permite as companhias aéreas melhorarem a experiência de viagem de seus passageiros e clientes de cargas. O acordo vale para o mercado entre a América do Norte e a América do Sul, proporcionando benefícios como acúmulo conjunto de milhas/pontos em programas de passageiro frequente e conexões mais rápidas para acesso a mais de 300 destinos entre os EUA/Canadá e a América do Sul (Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai).

E os próximos passos da Joint Venture entre Latam e Delta já estão sendo dados. Um deles é reunir internamente os dois times para alinhar e divulgar novidades que estão por vir. “Temos grandes núcleos de distribuição, como Guarulhos, Los Angeles, Atlanta, Miami e Nova York, que estarão nas nossas pautas para construirmos uma capilaridade ainda maior e captar cada vez mais passageiros destes destinos”, destacou Danillo.

“Queremos proporcionar uma experiência cada vez melhor e mais fluída para que um passageiro possa sair de Porto Alegre, passar por Guarulhos, voar para Nova York, fazer um trecho interno com a Delta para Miami e de lá voltar para Guarulhos com a Latam”

Outro passo é explorar cada vez mais a operação conjunta dos terminais. “Já estamos operando nos mesmo terminais, como acontece no T3 de Guarulhos, proporcionando aos passageiros de ambas as companhias as mesmas salas VIPs, por exemplo. Queremos proporcionar uma experiência cada vez melhor e mais fluída para que um passageiro possa sair de Porto Alegre, passar por Guarulhos, voar para Nova York, fazer um trecho interno para Miami e de lá voltar para Guarulhos”, disse o gerente.

Receba nossas newsletters