
Um relatório divulgado pelo Bradesco BBI analisou as possíveis relações futuras que Latam e Azul podem ter dentro do mercado brasileiro. De acordo com os analistas Victor Mizusaki e Gabriel Rezende, uma fusão completa das duas empresas parece bem improvável, mas uma possível venda da Latam Airlines Brasil para a Azul, no momento, seria um investimento mais palpável. As especulações ocorrem após ambas terem anunciado um acordo de codeshare em meados de junho.
“Uma fusão completa parece muito complexa e também exigiria um acordo abrangente dos acionistas controladores para acomodar vários interesses”, avaliam os analistas Victor Mizusaki e Gabriel Rezende, como divulgado pelo portal Infomoney.
Ainda de acordo com o portal, uma improvável fusão envolveria não só uma disputa pelo controle da empresa, entre David Neeleman e família Cueto, com influências diretas de Delta e United, companhias norte-americanas que tem parcerias com as duas companhias brasileiras, como também possíveis imbróglios com as autoridades antitrustes, já que a operação teria que passar pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que já manifestou preocupação com a concentração do mercado aéreo brasileiro, além da própria Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Latam Brasil foi incluída no processo de recuperação judicial do Grupo Latam, nos Estados Unidos, no último dia 9, se juntando às subsidiárias no Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos e Peru. Para uma possível aquisição, a Azul poderia emitir 430 milhões de ações a R$ 23 cada e adquirir a Latam Airlines Brasil por cerca de US$ 1,9 bilhão, com o fundador David Neeleman sendo o controlador a empresa. Neste eventual cenário, Mizusaki e Rezende apontam que a companhia poderia ser facilmente reestruturada para aumentar o seu valor patrimonial.
Fonte: Infomoney