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Os problemas com a frota de A350 apontados pela Qatar Airways ganharam “provas” nesta semana, com a divulgação de um vídeo que, segundo a companhia, mostra claramente que os defeitos encontrados nas aeronaves não são superficiais. Por conta da degradação da superfície da aeronave que afeta negativamente a frota, 21 A350s estão parados em solo. A Qatar já exigiu mais de US$ 600 milhões da Airbus por conta do problema.
“Um dos defeitos faz com que o sistema de proteção contra raios da aeronave seja exposto e danificado, outro defeito deixa a estrutura composta subjacente exposta à umidade e luz ultravioleta, e outros defeitos incluem rachaduras na composto e danos em torno de uma alta porcentagem de rebites na fuselagem da aeronave”, informou a Qatar Airways.
Nessa quinta-feira (20), a companhia, por meio do processo legal contra a Airbus na divisão de Tecnologia e Construção do Supremo Tribunal da Inglaterra, buscou uma audiência acelerada de uma questão preliminar para abordar as sérias e legítimas preocupações de segurança em relação à condição da aeronave. “Congratulamo-nos com a decisão do tribunal de agilizar esta questão e ordenar uma audiência em abril, em um esforço para trazer uma resolução mais rápida para a disputa”, disse.
A companhia acredita que a Airbus deve realizar uma investigação completa dessa condição para estabelecer conclusivamente sua causa raiz completa, a fim de estabelecer se qualquer solução de reparo proposta corrigirá a condição subjacente e garantirá nenhum risco à aeronavegabilidade contínua da aeronave.
Airbus quer cancelar encomenda de A321neo
“A prioridade número um da Qatar Airways continua sendo a segurança de seus passageiros e tripulantes. Por esse motivo, todas as aeronaves afetadas permanecem aterradas e não podemos aceitar a entrega de outras aeronaves licitadas para entrega pela Airbus”, informou a Qatar Airways. “A Airbus respondeu buscando cancelar um contrato totalmente separado para a entrega de 50 aeronaves A321neo”, completou.
“Confirmamos que estamos cumprindo todas as nossas obrigações sob todos os contratos aplicáveis. Portanto, é motivo de grande pesar e frustração que a Airbus tenha tomado a aparente decisão de expandir e escalar essa disputa. Continuamos a instar a Airbus a realizar uma análise de causa raiz satisfatória para a causa dos defeitos, conforme necessário. A Qatar Airways continua preparada para ajudar na análise da causa raiz da maneira que puder. Enquanto isso, continuaremos a defender vigorosamente nossa posição nos processos judiciais”, finalizou.
