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Aviação / Turismo em Dados

Setor aéreo da América Latina só registrou lucro em apenas sete dos últimos 17 anos

Aeroporto Ascom Setur Lucas Meneses Setor aéreo da América Latina só registrou lucro em apenas sete dos últimos 17 anos

Enquanto as empresas aéreas da América do Norte devem lucrar US$ 12,50 por passageiro esse ano e US$ 13,50 em 2024, as da América Latina terão um prejuízo liquido de US$2,50 por passageiro em 2023 e US$ 1,10 em 2024 (Lucas Meneses/Ascom Setur-AL)

Dados divulgados pelo Country Director da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) no Brasil, Dany Oliveira, revelaram que a recuperação do setor tem sido impulsionada pela forte demanda de viagens. Tanto é que a previsão de lucro líquido da indústria aérea é de 25,7 bilhões de dólares em 2024 (margem de 2,7%). Isso representará uma ligeira melhora em relação a 2023, que deverá registrar um lucro líquido de US$ 23,3 bilhões (margem de 2,6%).

“A lucratividade de longo prazo das empresas aéreas mostra que, não obstante o setor esteja exposto a choques externos, ele normalmente retorna à lucratividade com relativa rapidez. Isso reflete tanto a resiliência de nossa indústria quanto a importância do transporte aéreo na economia e na sociedade cada vez mais globais – entre outros, a aviação é um facilitador essencial das atividades de negócios, comércio e turismo”, disse Dany Oliveira.

Ao longo dos últimos 17 anos, a África registrou apenas um ano de lucro líquido e a América Latina apenas sete. Apesar de uma melhora no desempenho financeiro, é estimado que ambas as regiões deverão apresentar prejuízos em 2023 e 2024

A América Latina e a África continuam sendo mercados desafiadores para as operações das empresas aéreas. Ao longo dos últimos 17 anos, a África registrou apenas um ano de lucro líquido e a América Latina apenas sete. Apesar de uma melhora no desempenho financeiro, é estimado que ambas as regiões deverão apresentar prejuízos em 2023 e 2024 devido aos altos custos operacionais e vários impedimentos estruturais pesando sobre a recuperação.

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Dados divulgados pela Iata (Reprodução)

“Só ver o caso do Brasil que possui um dos combustíveis mais caros do planeta, enorme insegurança jurídica e custos cada vez mais sufocantes não permitindo a real democratização do transporte aéreo avançar”, disse o Country Director da Iata.

AMÉRICA DO NORTE E EUROPA – O Country Director lembra que a América do Norte é atualmente a região com a maior contribuição para a lucratividade do setor, respondendo por 56% do lucro total do setor previsto para 2024. Juntamente com a Europa, foi também a região que se recuperou mais rapidamente após a pandemia, alcançando um lucro líquido já em 2022. Somente essas duas regiões devem gerar um lucro líquido agregado entre 2008 e 2024.

“Enquanto as empresas aéreas da América do Norte devem lucrar US$ 12,50 por passageiro esse ano e US$ 13,50 em 2024, as da América Latina terão um prejuízo liquido de US$2,50 por passageiro em 2023 e US$ 1,10 em 2024”

ÁSIA-PACÍFICO – As perdas relacionadas à pandemia na Ásia-Pacífico foram aumentadas pelas restrições prolongadas de viagens na região e estima-se que ultrapassem US$72 bilhões entre 2020 e 2023. No entanto, espera-se um retorno à lucratividade em 2024, levado pela recuperação contínua do #tráfego e pelos fundamentos favoráveis de #crescimento do setor.

“Embora seja esperado um retorno à lucratividade em 2023 (US$ 23,3 bilhões), a margem de lucro líquido permanece pequena no âmbito global, em apenas 2,6% ou US$ 5,44 por passageiro. Quando observamos esse desempenho de forma regional a situação é bem diversa. Enquanto as empresas aéreas da América do Norte devem lucrar US$ 12,50 por passageiro esse ano e US$ 13,50 em 2024, as da América Latina terão um prejuízo liquido de US$2,50 por passageiro em 2023 e US$ 1,10 em 2024”, finalizou Dany.

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