SNA quer tripulação brasileira em possível voo para Doha

SNA terá que propor um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o voo ter tripulação brasileira

Com a possibilidade da Latam Brasil passar a operar voos diretos entre São Paulo e Doha, como anunciado esta semana, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) já iniciou negociações com a companhia aérea para que a tripulação possa ser brasileira. Para isso, o SNA teria que propor um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para este voo especificamente, passo que ainda terá que ser deliberado em assembleia.

O ACT seria necessário para não esbarrar nos limites operacionais estabelecidos no Brasil, que impedem pilotos e comissários brasileiros de trabalhar em voos de longa duração que ultrapasse as horas estabelecidas por lei, fator inclusive que ainda é um dos responsáveis por não fazer a aviação decolar no Brasil. Para se ter noção, a tripulação do voo da Latam Brasil entre São Paulo e Tel Aviv, por exemplo, precisa ser chilena.

De acordo com Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, o país “precisa se inteirar das práticas internacionais, aprender com isso e se manter competitivo. A Latam opera Guarulhos-Tel Aviv, que é uma rota de até 15h30min, com tripulação chilena justamente por conta do número de horas trabalhadas. E não posso dizer que a tripulação do Chile é menos segura por conta disso”, frisou Jerome Cadier, durante o Fórum ALTA, em outubro.

A SNA ressaltou sua defesa para que “voos brasileiros sejam feitos por tripulantes brasileiros e já estava em contato com a empresa debatendo a viabilidade de voos de longa duração”.

Fonte: CAPA