
Profissionais ligados ao resgate da South African Airways já alertaram sobre as consequências da decisão do governo sul-africano de não fornecer mais qualquer financiamento para manter viva a companhia, como anunciado na última semana. Sendo assim, a companhia, que será obrigada a demitir todos os seus funcionários, tem dois caminhos pela frente.
O primeiro é obter um melhor retorno para os credores da SAA por meio de um processo de venda – o que envolveria uma certa concordância com a rescisão do contrato de trabalho e indenizações. Já o segundo seria um “pedido urgente” para interromper o resgate e colocar a companhia aérea em liquidação. As propostas são a “maneira mais responsável” de gerenciar o interrompimento das operações da companhia e os riscos envolvendo todas as partes afetadas.
No chão desde o fim de março, quando o governo sul-africano declarou lockdown em todo o país para tentar conter a pandemia do coronavírus (Covid-19), a South African Airways já vinha sofrendo com dificuldades financeiras desde 2011. Em dezembro, entrou em concordata para criar um retorno melhor para seus credores e acionistas. Com ajuda do governo e possíveis interessados na companhia, a SAA passaria por um processo radical de reestruturação, garantindo sua sustentabilidade financeira e operacional. Mas, com o Covid-19, isto ficou cada vez mais difícil de acontecer.