Mais da metade dos brasileiros espera investir mais em viagens de lazer nos próximos seis meses. Essa, aliás, foi a primeira necessidade apontada em pesquisa recente do Boston Consulting Group (BCG), compartilhada pela FecomercioSP. A preferência supera outras 33 categorias, como aquisições de roupas e produtos de luxo, idas a shows e spas e compra de bebidas alcoólicas.
Na comparação global, enquanto a propensão ao crescimento de gastos com viagens de lazer ocupa o primeiro lugar (com mais de metade dos respondentes esperando aumentar seus gastos), no Japão, o item está em nono lugar; nos Estados Unidos, o 19º; e na Alemanha, o 21º.
Nos dados apresentados por Leandro Paez, sócio-diretor da BCG, em reunião do Conselho de Turismo da FecomercioSP no dia 30 de novembro, as viagens corporativas também apareceram entre as intenções de gastos. A modalidade ficou no 15º lugar da lista nacional, ainda acima de cinema e reformas de casa.
Os setores com boas perspectivas para 2024 são:
- Transporte aéreo (doméstico e internacional);
- Hotéis (lazer e corporativo);
- Locação de carros (corporativo);
- Agências de viagens (on e offline);
- Locação de carros para lazer, que deve manter estabilidade após o forte crescimento dos últimos anos.
Dicas
Paez ainda destacou os três pontos principais que precisam ser trabalhados (ou aperfeiçoados) pelas empresas para que aproveitem a demanda crescente do setor.
É o caso do foco no consumidor (capitalize a retomada da demanda e oferecer às novas demográficas e aos segmentos de viajantes. Exemplo: luxo, aventura, ecoturismo e bleisure); do digital e disrupções tecnológicas (abrace o digital, a omnicanalidade e a personalização no serviço ao cliente. Invista na Inteligência Artificial (IA) e na jornada de compra do viajante para reduzir os obstáculos existentes neste processo); e da preparação para o futuro (Crie um ecossistema de parcerias de valor como um todo, incluindo órgãos e associações. Além disso, atente-se para a atração e a retenção de talentos na empresa).