Roberta Queiroga e Fábio Dantas, donos e administradores da Fazenda Betânia, têm no turismo rural sua principal fonte de renda e se consolidaram como um dos maiores empregadores de São Benedito do Sul
Mais um estado do Nordeste conhecido pelas praias, Pernambuco têm atraído viajantes de outros estados da região para os municípios do interior, onde os turistas optam por opções de vivência rural, tendo a chance de interagirem com animais do campo, fazerem trilhas, ter uma imersão gastronômica e conhecerem mais uma razão para visitar o estado. A iniciativa é liderada pela Associação Pernambucana de Turismo Rural e Ecológico (Apeturr), e tem o apoio do órgão do governo estadual Empetur, que ajuda na promoção da atividade rural.
A atividade rural em Pernambuco faz com que os hotéis fazenda da região, que em outros tempos exploravam o cultivo da cana de açúcar e converteram as propriedades para hospedar turistas, tenham ocupação total aos finais de semana e com uma grande alta de procura durante as festas de fim de ano e datas comemorativas. Ao todo, mais de 100 mil pessoas fazem a rota rural anualmente.
Apesar de parecer uma ótima ideia se hospedar em um dos hotéis fazendas, o público do circuito rural de Pernambuco ainda atrai em sua maioria pessoas de outros estados da própria região Nordeste, que compõe mais de 90% dos grupos, que em geral têm em torno de 40 pessoas, que vão ao interior pernambucano em caravanas. Além disso, o público é majoritariamente composto por famílias e pessoas da terceira idade, que aproveitam o momento no campo para fazer atividades mais tranquilas.
Os roteiros preparados pela Apeturr são flexíveis e podem ser feitos conforme as preferências de cada grupo,que normalmente são encaminhados por agências de viagens que fazem o transfer de ida e volta da região do agreste pernambucano. As estadias nas fazendas variam entre R$ 200 e R$700, conforme a disponibilidade e a categoria do quarto.
De acordo com a administradora da Fazenda Betânia, em São Benedito do Sul, Roberta Queiroga, o grande desafio ainda enfrentado pelas fazendas é manter uma ocupação constante durante a semana. “Nos finais de semana temos ocupação total no ano todo. De sábado e domingo dificilmente ficamos com acomodação livre. Já de segunda a sexta-feira diminui muito o número de pessoas que ficam hospedas. Ainda não conseguimos captar o viajante para essas estadias de semana”, comentou.
Segundo a presidente da Apeturr, Maria Melânia Vieira, devido a crise econômica, os índices de 2016 foram baixos, porém houve uma recuperação quase total em 2017 e a expectativa é de alta em 2018. “Esperemos ter um aumento de 20% no fluxo, no comparativo de 2016 com 2018, e por volta de 5% de 2017 para o próximo ano. A crise afetou a movimentação, mas neste ano o fluxo voltou aos índices de 2015 e já podemos ter este panorama de alta”, detalhou.
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