
O setor de turismo de Los Angeles acompanha com atenção os desdobramentos dos protestos contra o Immigration and Customs Enforcement (ICE), que chegaram ao sétimo dia nesta sexta-feira (13).
As manifestações começaram em 6 de junho, após uma série de operações polêmicas do ICE na cidade, inclusive no centro de L.A. No dia seguinte, o presidente Donald Trump autorizou o envio de cerca de 2 mil membros da Guarda Nacional para a região metropolitana, número que aumentou com o reforço de mais 700 fuzileiros navais. A medida gerou forte reação da prefeita Karen Bass e do governador da Califórnia, Gavin Newsom.
Diante do cenário de tensão, a prefeitura impôs toque de recolher no centro da cidade, válido das 20h às 6h. A restrição atinge bairros como Chinatown, Arts District e o L.A. Live, conhecido polo de entretenimento.
Em comunicado publicado no site oficial, o Los Angeles Tourism & Convention Board reforçou que “a região metropolitana de Los Angeles continua aberta para negócios” e recomendou que visitantes “permaneçam informados, sigam orientações locais e evitem áreas com interrupções temporárias”. A entidade também orienta o uso do NotifyLA, sistema oficial de alertas da cidade, para acompanhar atualizações em tempo real.
Embora os hotéis da região sigam operando normalmente, o turismo local alerta para possíveis impactos na mobilidade urbana, com atrasos ou desvios em linhas de ônibus e metrô, sobretudo nas imediações do centro.
Executivos do Turismo se manifestam
O Conrad Los Angeles, situado em uma das áreas mais afetadas, confirmou que o hotel “permanece aberto e totalmente operacional”. Já em West Hollywood, Tom Kiely, CEO da Visit West Hollywood, demonstrou preocupação com a situação. “Estamos monitorando nossas reservas de curto prazo. Até agora, não houve impacto significativo, mas isso pode mudar caso os protestos se prolonguem”, disse.
Durante evento da Preferred Hotels & Resorts realizado em Nova York, Frederic Zemmour, gerente-geral do L’Ermitage Beverly Hills, relatou alguns cancelamentos e deixou um apelo: “Não cancelem. Los Angeles continua muito segura”.