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Destinos / Política

Trade destaca otimismo com o verão brasileiro e a volta do país às prateleiras internacionais

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Como vimos aqui no M&E, cidades como Natal (RN) e Salvador (BA) terão aumento de 26,6% e 24,7% no número de estrangeiros, respectivamente. Além delas, Manaus (AM) terá 23,7%, Rio de Janeiro (RJ), 19,9%, São Paulo (SP), 17,7%, e Recife (PE), 6,7%, também crescerão (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Mais de 1,4 milhão de assentos. Mais de 6 mil voos. Seis capitais com aumento de fluxo de turistas internacionais. Todos estes dados são do Painel de Dados da Embratur referentes ao mês de janeiro no Brasil. Como vimos aqui no M&E, cidades como Natal (RN) e Salvador (BA) terão aumento de 26,6% e 24,7% no número de estrangeiros, respectivamente. Além delas, Manaus (AM) terá 23,7%, Rio de Janeiro (RJ), 19,9%, São Paulo (SP), 17,7%, e Recife (PE), 6,7%, também crescerão.

O presidente da União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos (Unedestinos), Toni Sando, está entre os que veem o potencial econômico do próximo mês para o Brasil. “Os números já comprovam o otimismo do setor. Todos os movimentos estão favoráveis para que o turismo possa voltar a ter seu papel de destaque no mercado nacional”, afirma.

“O Brasil está voltando às prateleiras das operadoras, e trazendo o estrangeiro pra cá. Isso vai ser positivo para todos”

De acordo com Sando, os trabalhos da Embratur durante o ano de 2023, com a presença em feiras, montagem de exposições como a Visit Brasil, acordos com companhias aéreas internacionais para aumentar a conectividade, além de campanhas publicitárias voltadas para turistas europeus, norte-americanos e latinos, têm dado resultado. “O Brasil está voltando às prateleiras das operadoras, e trazendo o estrangeiro pra cá. Isso vai ser positivo para todos”, avalia.

Entre os maiores visitantes, o presidente da Unedestinos destaca os argentinos. “O trabalho que foi feito na Argentina recentemente já tinha criado um grande estímulo de venda de produtos para cá. Estamos otimistas que o Brasil volte em destaque nas prateleiras de produtos de países vizinhos e para a Europa e Estados Unidos, para atraí-los também nas próximas temporadas”, opina.

Um desafio que Sando aponta é fazer o brasileiro viajar mais para dentro do país. “O trade também precisa fazer a sua parte, criando produtos, fazendo atrativos. Para mostrar para o brasileiro como é bom viajar por aqui. A gente costuma dizer que o Brasil não conhece o Brasil. Precisamos estimular o brasileiro a viajar por aqui, pois o país tem muitas atrações a serem descobertas”, lembra.

Cenário de confiança

Para a presidente da Associação de Marketing Promocional (Ampro), Heloisa Renata de Santana, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional referente à Covid-19 e a recuperação da confiança na segurança sanitária também ajudará o setor. “Com a gradual recuperação global do setor após os desafios da pandemia, existe uma previsão de aumento de turistas estrangeiros ao país”, aponta.

De acordo com Heloisa, é importante que, no período, os governos possam garantir políticas públicas de segurança e infraestrutura turística, como serviços de hospedagem e logística, por exemplo. E a sustentabilidade, lembra a presidente da Ampro, segue como fator decisivo na atração de turistas. “E a burocracia é um dos aspectos desafiadores para a excelência em atratividade do turismo internacional para o Brasil”, alerta.

Turismo de negócios

Até mesmo o setor de turismo de negócios terá movimentação em janeiro, conforme destaca o presidente da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (Ubrafe), Paulo Ventura. Ele destaca que, apesar de uma percepção geral de que os meses de janeiro e fevereiro seriam fracos para o segmento, a realidade “não é bem assim”. “Em janeiro, temos feiras de ponta que são verdadeiros ‘abre alas’ da economia brasileira”, diz.

Ventura aponta como desafio o fim da ideia de que “o Brasil só funciona depois do Carnaval”. Mas ele está otimista com a mudança. “O que não ajuda nosso calendário é a flutuação da data do Carnaval. Quem sabe estudar uma data fixa não ajudaria todo mundo a planejar melhor seus eventos”, propõe.

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