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Compras no exterior: ministro defende manutenção da cota de US$ 300

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Equipe Mercado & Eventos

Publicado - 18/06/2015 - 10:58

Vinicius Lummertz, Henrique Alves, Jorge Samek e Reni Pereira
Vinicius Lummertz, Henrique Alves, Jorge Samek e Reni Pereira

O ministro do Turismo, Henrique Alves, disse nesta quarta-feira (17), em Foz do Iguaçu (PR), que vai defender e trabalhar dentro  do  governo  federal pela manutenção da atual cota de US$ 300 para compras  de  mercadoria  no  exterior,  por  via  terrestre, com isenção do imposto de importação.

Alves também disse ser favorável ao aumento desta cota para US$ 500, como reivindicam empresários e representantes do setor turístico da região.

As declarações de Henrique Alves foram dadas durante almoço com o diretor-geral  brasileiro  de Itaipu, Jorge Samek, o prefeito de Foz, Reni Pereira,  e o presidente  da Embratur, Vinicius Lummertz, após sobrevoo e visita à usina hidrelétrica de Itaipu.

Também participaram do encontro o superintendente de Comunicação da binacional e presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, o Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, empresários e gestores do turismo na região trinacional – entre outras autoridades.

Henrique Alves telefonou para o chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante, para defender a manutenção da atual cota de US$ 300. As entidades têm pressa em resolver o assunto porque uma instrução normativa  da Receita Federal, publicada no final de 2014, determina que, a partir de 1º  de julho deste ano, a cota seja reduzida para US$ 150 – ou seja, metade do valor atual.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, acredita que o ministro  do Turismo será um forte aliado em todos os projetos de interesse da região para consolidar ainda mais Foz do Iguaçu como Destino do Mundo. Segundo Samek, Henrique Alves recebeu muito bem as propostas de Foz.

Durante a 15ª Reunião de Ministros de Turismo do Mercosul, o projeto Beira  Foz,  que  prevê  o  desenvolvimento urbano e a ocupação pública das margens  dos  rios  Paraná  e Iguaçu, na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina,  foi  considerado  “emblemático”,  por  atender ao interesse de “convergência  regional”. Alves comentou que esse e outros projetos poderão servir de modelo para o restante do País.

Cota de US$ 500 – Gilmar  Piolla criticou a redução do valor da cota atual e defendeu que, ao contrário, a elevação do teto de isenção para US$ 500 poderia fazer com  que  boa  parte  dos  turistas  que  hoje  vão aos Estados Unidos, por exemplo,  para  fazer  compras,  ficasse  na  região  –  Ciudad  del Este é considerado o maior centro de compras da América Latina.

Ainda de acordo com o presidente do Fundo Iguaçu, essa medida dinamizaria o turismo interno e impulsionaria a economia da região, além de contribuir para a redução  do  déficit  brasileiro nas contas externas.

Somente  no  ano passado, as compras de brasileiros no exterior somaram US$25,6 bilhões. Piolla  também  aproveitou  o  encontro para apresentar ao ministro o projeto  para construção de uma segunda pista no Aeroporto Internacional de Foz  do Iguaçu, outra reivindicação do setor para melhorar a infraestrutura do turismo na região.

Thalita Cardoso