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Destinos / Política

G20+ do Turismo pede ao governo o fim dos vistos para tripulantes de EUA, Canadá e Austrália

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Mais da metade da oferta de voos entre Brasil e América do Norte, que hoje é realizada por tripulação estrangeira, pode ser afetada em meio a temporada de verão 2023/2024 (Eric Ribeiro/M&E)

A alta temporada de viagens para os Estados Unidos pode se tornar um problema a partir de 10 de janeiro, quando estará de volta a obrigatoriedade do visto para o ingresso no Brasil de visitantes portadores de passaporte dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Isto porque tripulantes norte-americanos, canadenses e australianos também precisarão de vistos para entrar no Brasil, diferente das regras que tinham sido estabelecidas lá em 2005 antes deste retorno da exigência.

Devidamente preocupado, o G20 do Turismo, formado por ABIH, Abear, Abeta, Abav, Abeoc, Abrape, Adibra, Adit Brasil, BLTA, Braztoa, FBHA, Fohb, ABR, Sindiprom, Sindepat, Ubrafe e Unedestinos, emitiu uma carta oficial endereçada ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e ao ministro do Turismo, Celso Sabino. A carta discorre sobre o iminente impacto sobre o turismo brasileiro com a exigência de visto para as categorias de profissionais citadas acima. Veja na íntegra abaixo.

Carta oficial

“Senhores Ministros,

Diante da retomada do turismo internacional no Brasil e da expectativa de uma temporada promissora para o setor turismo, é crucial que consideremos as graves implicações da exigência de visto consular para tripulantes de transporte aéreo estrangeiros. Nosso posicionamento se baseia na convicção de que tal medida trará impactos negativos altíssimos, comprometendo não apenas a atratividade do país, mas também a economia e o setor como um todo.

A imposição de visto consular cria barreiras adicionais para o aumento da oferta de voos internacionais, afetando o fluxo de turistas internacionais. Em um cenário global altamente competitivo, a facilidade de acesso a destinos turísticos desempenha um papel importante na escolha dos viajantes, e o pleno funcionamento da malha aérea é certamente um pilar fundamental deste acesso.

A imposição de visto consular cria barreiras adicionais para o aumento da oferta de voos internacionais, afetando o fluxo de turistas internacionais

Especialmente grave é a instituição desta exigência às vésperas da abertura do verão brasileiro, momento de especial atratividade turística. Tal medida compromete o funcionamento da cadeia como um todo, uma vez que o setor aéreo é um elo vital para a conectividade com o mercado internacional, que já tem seus pacotes de viagens para o Brasil planejados e comprados para este período.

Esta medida vai em sentido contrário a outras ações governamentais, como o fortalecimento do Ministério do Turismo e da Embratur, com foco no aumento da conectividade internacional do Brasil.

A criação deste entrave para as tripulações gera embaraço à conectividade e cria obstáculos para que o turismo desempenhe seu papel de contribuir para o crescimento econômico do nosso país

O turismo internacional é uma fonte valiosa de receitas para a economia local, contribuindo para o desenvolvimento de comunidades e a preservação de patrimônios naturais e culturais. A criação deste entrave para as tripulações gera embaraço à conectividade e cria obstáculos para que o turismo desempenhe seu papel de contribuir para o crescimento econômico do nosso país. A falta de tripulantes que esta medida certamente ocasionara em função desta condição para entrada no país, ocasionará dezenas de centenas de atrasos e cancelamentos de voos no período da mais alta temporada do nosso turismo.

Em síntese, instamos as autoridades a reconsiderar a exigência de visto consular para tripulantes estrangeiros, reconhecendo um possível arruinar de uma temporada promissora que está sendo esperada por inúmeros destinos brasileiros, além de desconsiderar a importância do turismo como um catalisador do desenvolvimento econômico e social.

Atenciosamente,

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) Manoel Cardoso Linhares Presidente

Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) Jurema Monteiro Presidente

Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA)
Vinicius Viegas Presidente

Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA)
Fabiano Camargo Presidente

Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV)
Ana Carolina Dias Medeiros de Souza
Presidente

Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC)
Fátima Facuri Presidente

Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE)
Doreni Caramori Jr. Presidente

Associação Brasileira de Parques e Atrações (ADIBRA)
Vanessa Costa Presidente

Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil)
Caio Calfat Presidente

Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) Simone Scorsato Diretora Executiva

Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) Alexandre Sampaio Presidente

Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) Orlando de Souza Presidente Executivo

Resorts Brasil (Associação Brasileira de Resorts) Marcelo Picka Van Roey Presidente

Sindicato de Emp. de Prom. Org. e Mont. de Feiras Cong. e Ev. do Est. de SP (SINDIPROM)
Carlos Alberto Sauandag Presidente

Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (SINDEPAT) Murilo Pascoal Presidente

União Brasileira dos Promotores de Feiras (UBRAFE)
Paulo Ventura Presidente

União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos (UNEDESTINOS)
Toni Sando Presidente

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