O dólar abriu em forte alta nesta quarta-feira (6) – às 9h06, a moeda norte-americana disparava 1,68%, cotada a R$ 5,840 – com a confirmação da vitória de Donald Trump contra Kamala Harris nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
O republicano promete aumento tarifário sobre as importações, especialmente as chinesas, e um possível corte de impostos —medidas que são vistas como inflacionárias e que podem influenciar o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) para manter os juros elevados por mais tempo, o que dá força ao dólar.
No Brasil, o mercado aguarda a divulgação – que pode ocorrer ainda nesta semana – do pacote que visa dar mais sustentabilidade ao arcabouço fiscal, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que as medidas estão “muito avançadas” do ponto de vista técnico.
O dólar disparou na última sexta-feira para R$ 5,86, a maior cotação desde maio de 2020, em fato agravado pela notícia da viagem – em seguida cancelada – de Haddad à Europa.
Por causa das eleições presidenciais, a reunião da autoridade norte-americana foi adiada em um dia e ocorrerá entre esta quarta e quinta-feira (5), enquanto a decisão do comitê brasileiro será anunciada nesta quarta-feira, como de praxe.
A expectativa dos agentes financeiros é que o Fed dê continuidade ao ciclo de afrouxamento de juros. Na reunião de setembro, o colegiado conseguiu a taxa em 0,5 ponto percentual, levando-a à faixa de 4,75% e 5% —o primeiro corte em quatro anos.