Levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), com base em dados da ANTT e ANAC, revelou que viagens rodoviárias de até 12 horas representam economia média de 90% em relação às tarifas aéreas. O estudo, realizado no primeiro semestre de 2024, avaliou rotas estratégicas de curta e média distância, destacando também a acessibilidade e capilaridade do modal rodoviário.
Entre os exemplos analisados, o trecho São Paulo-Rio de Janeiro apresentou a maior diferença, com a viagem de ônibus, realizada em 6h25, custando 92% menos que a opção aérea. Em outras rotas, como Rio de Janeiro-Vitória e Natal-Fortaleza, a economia chegou a 89% e 86%, respectivamente.
Letícia Pineschi, conselheira executiva da Abrati, ressaltou que o transporte rodoviário alcança cerca de 90% das localidades brasileiras, conectando grandes e pequenos centros urbanos. “São milhares de terminais que conectam até os locais mais remotos, com opções que vão do luxo, como leito e semileito, às tarifas mais acessíveis”, afirmou.
Além disso, o setor rodoviário emprega diretamente milhares de profissionais e movimenta a economia com atividades relacionadas, como manutenção de veículos, tecnologia e operação de terminais. “Esse impacto econômico é extremamente relevante, injetando recursos em diferentes níveis, dos pequenos aos grandes centros urbanos”, destacou Pineschi.