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Digitalização e novas demandas formam o perfil do novo consumidor de viagens

O processo de transição do mercado de viagens foi um dos pontos altos dos debates da 1ª Conferência Municipal de Turismo de São Paulo. Em um painel que reuniu especialistas em estratégias digitais e viagens, foram apresentados dados sobre o mercado nacional e as mudanças no comportamento do consumidor. Participara do encontro o presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, a consultora e blogueira do M&E, Marta Poggi, e os executvios do Tripadvisor, Luciano Santos e do Google, Debora Bonazzi.

Painel reuniu Luciano Santos, Roberto Nedelciu, Marta Poggi e Debora Bonazzi.

Painel reuniu Luciano Santos, Roberto Nedelciu, Marta Poggi e Debora Bonazzi.

O MERCADO

O primeiro a palestrar foi Roberto Nedelciu, que trouxe números sobre a representatividade das operadoras no mercado de turismo. Além dos R$ 13,1 bilhões de faturamento registrados em 2018 pelas associadas, ele também destacou o impacto direto de R$11,2 bilhões do setor na economia brasileira. Foram 6,5 milhões de passageiros transportados e 7,4% de crescimento na comparação com 2017.

Nedelciu também apresentou tendências de mercado como o câmbio favorecendo o turismo doméstico, o protagonismo da sustentabilidade, o bleisure (negócios mais lazer), a transformação do consumo, na qual o cliente busca por experiências, o que faz ele optar por viagens menores. Outro ponto importante abordado foi a segmentação, na qual os nichos de viagens passam a ter destaque no mercado. “Nessa segmentação as pequenas empresas conseguem competir com grandes corporações”, destacou.

MUDANÇA NO PERFIL

Marta Poggi comentou sobre a entrada do "Viajante 4.0 no mercado"

Marta Poggi comentou sobre a entrada do “Viajante 4.0 no mercado”

A consultora Marta Poggi focou nas mudanças do perfil de consumo das viagens, trazendo para pauta a questão do “Viajante 4.0”, para o qual a internet tem influencia gigante na sua escolha de viagens e também está presente em todo processo, desde a pesquisa, aos comentários sobre a satisfação em relação ao destino. “Estar online mudou o comportamento do cliente. Ele está mais exigente, mais informado e mais imediatista”, ressaltou.

Marta também trouxe a visão de experiência do consumidor como fator mais importante, juntamente com a personalização. Ela ressaltou ainda o Instagram como ferramenta essencial para vender viagens. “Instagram é a rede social feita e perfeita para vender viagens. Cerca de  40% dos millennials escolhem destinos instagramaveis”, salientou.

SÃO PAULO EM EVIDÊNCIA

Luciano Santos, do Tripadvisor focou no crescimento de São Paulo nas pesquisas por experiências de viagens na internet. “São Paulo 144% em receita de turismo e 180% em público. Isso mostra que o interesse pelo turismo na cidade não só crescendo, mas está crescendo muito”.

O executivo vê este avanço como uma oportunidade para que as atrações marquem presença no ambiente online. Em 2011, 14% das reservas nas atrações eram feitas online e em 2016 este número saltou para 45%. “Apenas 150 empresas aparecem no Tripadvisor, destas apenas 25 trabalham com a gente e essas oferecem 250 atrações. Há uma oportunidade muito grande para diversas empresas”, completa.

PESQUISA SOBRE VIAGENS

Debora Bonazzi, head da indústria de Viagens e Entretenimento do Google

Debora Bonazzi, head da indústria de Viagens e Entretenimento do Google

Assuntos relacionados à viagens cresceram 400% no Youtube entre 2017 e 2018. Metade das passagens ou hotéis já são contratados online. A internet no Brasil e maior que a do saneamento básico.

Com esses dados, a head de indústria de Viagem e Entretenimento do Google, Debora Bonazzi, abordou a digitalização no processo de compra e principalmente de pesquisa dos consumidores de viagens. A executiva destacou que este movimento está eliminando algumas necessidades, tendo em vista que o consumidor esta cada vez mais digital, mas em contrapartida cria outros campos de trabalho que ainda precisam ser explorados pelo mercado.

“Os smartphones passou a ser os assistentes pessoais e isso faz com que modifiquem as viagens. Metade das passagens ou hotéis já são contratados online. Mas quando a gente rompe com o meio tradicional de compra, o cliente passa a ter outras necessidades, pois ele tem que resolver tudo online. Quando conseguimos saber o que está acontecendo nas buscas sabemos quais produtos desenvolver. As buscam mostram uma tendência de comportamento”, explica Debora.

Debora ainda comentou sobre a necessidade de aprender a criar novas alternativas para o mesmo público, tendo em vista que a falta de crescimento do PIB, deve restringir a entrada de um novo público no mercado de viagens. “O crescimento das viagens está diretamente relacionado ao crescimento da economia. Até 2020 a venda de passagens deve crescer apenas 10% na comparação com 2018. Tudo indica que teremos as mesmas pessoas viajando. O cenário não mostra outras pessoas entrando neste mercado”, comenta.

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