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Opinião

Mulheres no poder: profissionais falam sobre protagonismo em cargos de liderança

Das 508 empresas listadas no banco de dados da BM&F Bovespa, 197 (38,7%) delas têm pelo menos uma mulher no conselho de administração e 165 (32,48%) possuem uma conselheira efetiva, de acordo com dados do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, divulgados no final de 2021. Em porcentagem, ainda que em crescimento, os números significam uma presença muito inferior à dos homens em cargos de decisão.

Como parte de um especial em homenagem ao Dia Internacional das mulheres, o MERCADO & EVENTOS entrevistou mulheres do setor que são líderes, as quais compartilharam momentos de inspiração, dificuldades e deram dicas para o nicho. Para Cacau de Paula, secretária de Turismo de Recife e presidente da Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de Turismo (Anseditur), o medo é um sentimento que deve ser encarado de frente, mesmo diante dos desafios.

“Quando se tem uma grande responsabilidade é comum, que por ser mulher nos julguemos e nos cobramos muito, e às vezes até repensemos se realmente desejamos abraçar esse desafio. Temos que nos estimular, arriscar, dar o nosso melhor, porque é assim que mudaremos o mundo para viver em uma sociedade menos desigual”, enfatiza.

A dirigente ressalta que Recife é a única capital no país que contém 50% de mulheres à frente das pastas das secretarias, fator que por meio da representatividade estimula o interesse feminino na política. Nas demais regiões, o volume é de 23%.

“Esse é um universo ainda com presença predominante de homens. Na Anseditur, por exemplo, a vice-presidente também é mulher, e no geral, temos apoio dos demais membros, temos voz e espaço. A busca por igualdade começa dentro de casa com a divisão das tarefas e a partir daí se expande para os outros espaços que ocupamos”, explica.

Em retrospectiva, Cacau pontua que de 2014 para cá pôde acompanhar a valorização da promoção e atividades turísticas, bem como sua crença no segmento a fim de torná-lo uma potência mundial.

Única mulher diretora de escritório da Norwegian Cruise Line Holding no mundo, Estela Farina enfatiza a importância da sororidade na atuação profissional. “Eu vejo que no passado havia muitas mulheres que não apoiavam umas às outras e que não reconheciam as próprias conquistas. Passar por provações para conquistar o nosso espaço é algo que nunca deveria acontecer e que acredito que no futuro, por conta de todos os movimentos feministas, não será mais necessário.

Estela Farina, Diretora da NCL no Brasil

Estela Farina, Diretora da NCL no Brasil

Presente no conselho da Academia de Excelência da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Estela, que divide o projeto com Marina Figueiredo e Philipe Moura, destaca a abertura de vagas para o público feminino, bem como a neutralidade no tratamento durante o conteúdo.

“Não temos planos de fazer segmentações, até porque queremos promover o compartilhamento de informações em prol do crescimento do mercado, sem que cause a sensação de distinção ou favoritismo a um gênero. Como mulheres temos que fazer nosso caminho e não deixar que as dificuldades nos desanimem”.

O bate-papo faz parte de uma matéria especial e exclusiva do MERCADO & EVENTOS, pertencente à edição 433 do jornal, que está disponível na íntegra na seção “Edições digitais”, neste link. Confira o texto na íntegra nas páginas oito e nove.

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