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Aviação

CEO da Qatar critica aéreas norte-americanas: “péssimo serviço”

Akbar Al Baker

Akbar Al Baker


Após alguns meses de intensas críticas e pressão por parte das aéreas norte-americanas para desacelerar o seu crescimento nos Estados Unidos, a Qatar Airways enviou, nesta semana, o CEO Akbar Al Baker à Washington para se defender. Na última segunda-feira (11/05), o CEO da Qatar Airways já tinha disparado contra Richard Anderson, CEO da Delta, chamando-o de “homem sem ética”.

Ao falar a imprensa local no hotel Hay Adams, nesta quarta-feira (14/05), o CEO da Qatar Airways, rejeitou logo de cara as insinuações de que o rápido crescimento de sua companhia teria sido desleal por causa dos subsídios provenientes do Governo do Catar, proprietário da companhia. “O governo norte-americano deveria rejeitar qualquer tipo de reivindicação das três grandes companhias aéreas (American, Delta e United)”, disse Baker.

O grupo formado por American Airlines, United Airlines e Delta Airlines questionaram, em janeiro, o governo de Obama sobre um possível congelamento da expansão das companhias do Golfo, como a Emirates Airlines, Etihad Airways e Qatar Airways, nos Estados Unidos. De acordo com as aéreas norte-americanas, o trio do Golfo teria recebido cerca de US$ 40 bilhões ou mais em subsídios.

Sobre as acusações, Baker disse que se tratam de táticas de intimidação. “E resultam do medo por parte das companhias aéreas norte-americanas em não conseguir competir com o serviço oferecido pelas aéreas do Golfo. United, American e Delta reduziram a capacidade para manter altas taxas, se mantiveram gananciosas e proporcionam ao viajante um péssimo serviço”, disse. O CEO da Qatar disse, ainda, que jamais recebeu subsídios e que a companhia aérea é de propriedade do governo, mas opera absolutamente independente.

A Parceria de Open Skies, estabelecida pelas três companhias norte-americanas, por sua vez, respondeu: “o Akbar Al Baker disse que estaria vindo para os Estados Unidos para ‘abrir o jogo’, mas tudo que escutamos hoje não passou de xingamentos e negações. É lamentável que o executivo não responda sérias questões sobre os US$ 17,5 bilhões em subsídios e benefícios injustos que a Qatar Airways recebeu do governo, a fim de minar a concorrência leal, o que é uma grave violação ao acordo de Open Skies. O prejuízo das ações das aéreas como Emirates, Etihad e Qatar é real, por isso estamos solicitando ao governo Barack Obama um possível congelamento de rotas adicionais”, afirmou, em nota, a Parceria para “Open and Fair Skies”, formada por American, Delta e United.

Por outro lado, um documento postado pelo site WikiLeaks, no último dia 10 de abril,
sugere que as companhias aéreas norte-americanas receberam 155 bilhões
de dólares em subsídios do governo federal
, entre os anos de 1918 e
1998. Entre as acusações feitas pelo site, o recebimento de subsídios
durante quase um século vai de encontro ao legado e desenvolvimento das
companhias norte-americanas no país.

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