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Aviação

Com lucro afetado, Emirates não descarta taxas extras e Premium Economy

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Tim Clark, CEO da Emirates Airlines

Se tem um país que pode se orgulhar da sua companhia aérea de bandeira, este são os Emirados Árabes Unidos. Enquantos diversas companhias renomadas em seus respectivos mercados passam por dificuldades, a Emirates  continua sendo o centro de inovações, líder em conforto o orgulhosa de seu impecável atendimento. Um dos grandes responsáveis por este sucesso contínuo é o CEO Tim Clark, considerado pela própria empresa como um dos maiores responsáveis por transformar a Emirates no que ela representa atualmente no mercado mundial.

Tim Clark chegou e transformou uma pequena companhia regional em uma transportadora global de cargas e passageiros. Ao todo, são 28 anos consecutivos de lucros, recordes e inovações, como a criação da First Class com portas, chuveiros a bordo e bares para aproximar os passageiros em um ambiente comum. Mas, como todas as companhias neste mundo, a Emirates também tem seus problemas. Apesar de continuar ganhando dinheiro, a empresa foi forçada a diminuir o preço de seus bilhetes em alguns voos, além de não tirar vantagens de taxas extras que as companhias norte-americanas conhecem muito bem, por exemplo.

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Emirates sente falta do grande volume de executivos ligados ao segmento de Petróleo & Gás

O saudável lucro é afetado por três fatores: a companhia é conhecida historicamente por registrar grandes ganhos no transporte dos empresários do petróleo entre as regiões ricas de matéria-prima e suas linhas produção, mas atualmente o negócio está cada vez menos lucrativo com o preço do barril em queda. A Emirates também viu sua demanda de passageiros diminuir drásticamente em algumas áreas afetadas por ataques terroristas e outros movimentos que envolvem turbulências políticas e econômicas. Outro ponto é a forma como a concorrência está reagindo às inovações da companhia, com diversas transportadoras já oferecendo os mesmo serviços e vantagens.

Para o CEO Tim Clark, em entrevista ao portal Skift, “embora o número de passageiros esteja aumentando, fomos obrigados a introduzir níveis de preços de passagens considerados menores do que praticávamos, a fim de induzir as pessoas a viajarem. Esta manobra é consequência do que ocorreu no mundo nestes 18 meses, entre atividades terroristas, que chegaram a Paris, Bruxelas e Nice, os problemas econômicos de diversas regiões e a queda no preço do petróleo, que vocês pensam que é fácil fazer dinheiro com o combustível a preços menores, mas não é. O setor de Óleo e Gás foi responsável por movimentar boa parte do nosso segmento corporativo de viagens, e agora temos espaços vazios”, frisou.

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Emirates foi obrigada a diminuir o preço de suas passagens para alguns trechos

Questionado sobre outros fatores que podem complicar ainda mais as coisas, Tim Clark não titubeou. “Temos o problema com a saída do Reino Unido da União Europeia, a maneira como Grécia, Portugal, Itália e todos eles vão lidar com isso, e como isso afetará a demanda europeia por viagens. Ainda temos as moedas como Euro estagnada, a Libra Esterlina em queda e o Dólar cada vez mais poderoso”, disse O CEO, que não descartou a introdução de taxas extras em um futuro próximo.

“Você pode pagar pela segunda bala despachada ou peso extra. Você pode pagar pela seleção de assentos. Você tem uma série de famílias e grupos viajando, e eles querem sentar juntos. os passageiros estão basicamente preparados para pagar a fim de ter mais paz e conforto durante o voo”, disse. “Existem outras áreas que também estamos de olho, como taxas extras para uma melhor refeição na classe econômica, uma garrafa de champagne, premium check-in, serviços de transporte, entre outros”.

Live TV - Divulgação Emirates

Como seria a Premium Economy da Emirates?

O executivo ainda falou sobre a possibilidade de introdução classe Premium Economy à frota de aeronaves, mas revelou uma certa dificuldade. “Existem certos impedimentos para isso. Uma delas é a logística de incorporar a classe às nossas 254 aeronaves, e a outra está na definição do produto. Como será isso? Qual será o valor? Precisamos ter certeza que existirá demanda suficiente para sustentar o investimento, já que o custo é enorme. Agora, por exemplo, é um péssimo momento para tomarmos qualquer decisão, finalizou o CEO.

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