Com o dobro de reservas confirmadas no primeiro trimestre e “sinais de retomada cada vez mais intensos”, o presidente da CVC Corp, Leonel Andrade, não poderia estar mais otimista com relação ao Turismo no Brasil. O executivo, que participou de uma live realizada pelo jornal Valor Econômico, nesta quarta-feira (18), abordou os avanços da empresa em meio a retomada, com destaque para os quase 250 mil assentos exclusivos, entre bloqueios aéreos e voos fretados.
Segundo Leonel, este volume de assentos disponível é uma aposta e também uma oportunidade de oferecer melhores condições para os clientes. “Temos quase 250 mil assentos exclusivos, entre voos fretados e bloqueios aéreos, para que possamos praticar melhores preços e condições. Seguimos buscando uma série de acordos com condições melhores de financiamento e novos produtos. Estamos trabalhando muito para oferecer o melhor aos clientes”, disse o CEO da CVC Corp.
Retomada aos níveis de 2019
Sobre a previsão de retomada total do Turismo, Leonel Andrade está mesmo bastante otimista. “O momento é muito positivo. Embora janeiro tenha sido muito duro por conta da Ômicron, em março já geramos em torno de 80% do ano pré-pandemia. Só poderemos ter um ano completamente comparável com 2019, agora em 2023, mas, no final deste ano , u acredito que já estaremos ‘rodando’ nos mesmos níveis ou até melhor do que o pré-pandemia”, frisou o executivo.
“Só poderemos ter um ano completamente comparável com 2019, em 2023, mas no final do ano eu acredito que já estaremos ‘rodando’ nos mesmos níveis ou até melhor do que o pré-pandemia”
Estes 80% do pré-pandemia gerados em março estão ligados ao volume total financeiro. Segundo Leonel, em termos de passageiros embarcados no turismo doméstico, já há números próximos do pré-pandemia. “Além disso, o lazer internacional está voltando muito forte. Veremos muita gente viajar para o exterior agora nas férias de julho, mesmo sem a malha aérea totalmente retomada. Já o internacional voltou a vender bem nos últimos dois meses”.
Turismo corporativo representa 20% das vendas da CVC Corp
Segundo Leonel Andrade, o mercado corporativo também está voltando com toda força, se destacando no movimento de vendas dos últimos 60 dias. No entanto, é um mercado que se ajustou às novas tendências, com profissionais procurando viagens mais longas, participação em feiras, entre outras pautas importantes. “Acabou esse negócio de sair de São Paulo e ir para o Rio de Janeiro participar de uma reunião de uma hora”, disse o CEO.
Atualmente, o turismo corporativo representa 20% das vendas da CVC Corp. “A Argentina representa 20% do volume da CVC Corp. A CVC tradicional responde por outros 30%. A divisão de negócios B2B, que vende através de 8 mil agências de viagens, representa 40% dos negócios, enquanto os 10% restantes estão ligados à outras parcerias com bancos e movimentação online”, disse Leonel. “E dentro deste volume B2B, metade é corporativo”, completou.
Principal barreira para a retomada
O CEO da CVC Corp sabe que a principal barreira para a retomada é a conectividade aérea, mas reconhece que a logística da retomada não é nada fácil. “A retomada necessita de licenças, de treinamento, de conhecimento melhor de demanda, de regulação…No doméstico, as companhias já estão no mesmo volume do pré-pandemia, mas o internacional demora mais. O principal desafio do turismo hoje é justamente essa remontagem da malha aérea”, frisou Leonel.
O executivo reconhece a falta de aviões em âmbito global, influenciada, muitas vezes, pelo alto custo do petróleo, o que cria inviabilidade para a operação de aeronaves mais antigas em certas rotas. “A produção está aquem da necessidade. Todo mundo hoje está com a malha aérea aquém da oportunidade de um modo geral”, frisou o CEO.