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● Em relação a 2019, número de operadoras que ultrapassou 100% do faturamento chega a 60,7%
● Férias de julho representam 19,8% do faturamento; férias de verão ficam com com 15,2%
● Maioria dos embarques é para viagens internacionais; mercado nacional responde por 43,44%
as férias de julho deste ano representaram 19,8% do faturamento das operadoras; as férias de verão, ou seja, os meses de janeiro e fevereiro, ficaram com 15,2% do volume (Divulgação/Rio Quente)
Em parceria com a Sprint Dados, a Braztoa anunciou, nesta terça-feira (22), o Boletim Braztoa com dados do primeiro semestre de 2023, que fazem comparação com os dados do mesmo período de 2022 e com a média histórica. No levantamento, chama a atenção o fato que 64% das operadoras filiadas à Braztoa venderam 64,2% acima de 100% do faturamento do mesmo período de 2022. Destas, quase 18% estão com as vendas 200% a 300% acima do ano passado.
Quando comparado com o primeiro semestre de 2019, o número de operadoras que ultrapassou 100% do faturamento chegou aos 60,7%. Destas, 21,4% ultrapassaram 200% do que venderam no período pré-pandemia.
“A criação do Boletim foi muito importante para entendermos onde estávamos e pensarmos para onde vamos”
“Com a mudança que ocorreu, com a pandemia de Covid-19, vimos a importância do uso desses dados para a tomada de decisão de forma efetiva, e que diante das dificuldades apresentadas, os nossos operadores encontraram formas de continuar e aumentar as vendas. A criação do Boletim foi muito importante para entendermos onde estávamos e pensarmos para onde vamos”, analisou Fabiano Camargo, presidente do Conselho da Braztoa.
Fabiano Camargo, presidente do Conselho da Braztoa (Eric Ribeiro/M&E)
Dividido por temas: Faturamento, Embarques, Vendas, Feriados e Tendências, o documento traz marcas importantes sobre o comportamento do consumidor brasileiro. A exemplo, na categoria Faturamento, as vendas internacionais representaram 57,73%, enquanto as viagens nacionais ocuparam 42,26%.
Olhando para o segundo semestre deste ano, a perspectiva de faturamento é “Boa” para 53,8% dos operadores Braztoa, quanto 32,1% acha “Excelente”. Do total, 85,9% dos filiados tem uma visão positiva para as vendas no semestre que está iniciando.
Conforme dados do Boletim Braztoa do 1º semestre de 2023, as férias de julho deste ano representaram 19,8% do faturamento das operadoras; as férias de verão, ou seja, os meses de janeiro e fevereiro, ficaram com 15,2% do volume; já os feriados do 1º semestre atingiram 13,5% das comercializações.
“Se comparamos esse faturamento com o do mesmo período de 2022, percebemos a valorização dos associados Braztoa nas vendas”
Para o segundo semestre, a divisão ficou com os feriados em liderança (11,8%); seguido pelas férias de verão 2023/24 (6,1%); o Réveillon (5,2%); e o Natal (4,6%). “Se comparamos esse faturamento com o do mesmo período de 2022, percebemos a valorização dos associados Braztoa nas vendas”, comenta Rayane Ruas, CEO da Sprint Dados.
Embarques
Segundo os dados, quase 60% dos operadores estão embarcando mais e faturando mais (Pixabay/Skitterphoto)
Na categoria Embarques, chama a atenção que 56,55% foram para viagens internacionais, enquanto o mercado nacional respondeu por 43,44%. “A leitura de mercado é fundamental para encontramos caminhos no mercado brasileiro e a principal justificativa para o internacional ultrapassar o nacional é a disponibilidade do aéreo”, disse Marcelo Andrade, VP da Braztoa.
“A principal justificativa para o internacional ultrapassar o nacional é a disponibilidade do aéreo”
As compras têm sido feitas com até três meses de antecedência (40,3%), mas há também uma parcela grande de pessoas que viajam no mesmo mês da aquisição do bilhete (19%); os que se planejam com 3 a 6 meses antes da data do embarque (17,7%); quem se planeja de 6 a 9 meses antes (14,6%); e quem leva mais de 9 meses se planejando (8,4%).
“Tem muitos operadores, que atuam com nichos, e que contam esse ano de 2023 como o ano da retomada”
“As pessoas tem buscado férias mais curtas e uma quantidade maior de férias. Temos visto um crescimento, não apenas nesse momento, mas uma tendência, com mais pessoas embarcando. É muito positivo que o brasileiro esteja tendo essa cultura de viagem. Quase 60% dos operadores estão embarcando mais e faturando mais. Tem muitos operadores, que atuam com nichos, e que contam esse ano de 2023 como o ano da retomada”, observa Fabiano.
Vale destacar, que dentre os produtos mais comercializados, estão a Experiência Completa (36,95%); só Hotel (27,82%); só Terrestre (15,82%); Cruzeiro (8%); Outros (6,95%); e somente Aéreo (4,45%). Além disso, o seguro-viagem está em 30% das vendas.
“Os cruzeiros na costa brasileira representam 8% e essa porcentagem para um produto específico é um dado importante e expressivo”
“Os cruzeiros na costa brasileira representam 8% e essa porcentagem para um produto específico é um dado importante e expressivo. Isso se dá, porque estamos falando de um produto que deixa o consumidor mais seguro quanta ao volume de gastos, visto que está praticamente tudo incluso, e ele só vai gastar com um passeio ou bebida alcóolica, se quiser”, analisa Fabiano.
Em detalhes, esse comportamento de consumo, para o mercado internacional, se traduz como: até 3 meses antes do embarque (35,7%); entre 3 e 6 meses (25,6%); entre 6 e 9 meses (18,6%); no mesmo mês (10,1%); e mais de 9 meses (10%).
No recorte internacional, a Experiência Completa representa 29,5% das comercializações, seguido da categoria que contempla somente o Terrestre (26,7%); Hotel (24,5%); Cruzeiro (11,6%); Outros (5,5%); e só Aéreo (2,31%).
Demanda dos feriados em alta
O réveillon tem 47,7%, enquanto o Natal possui 37,6% de projeção de crescimento neste ano (Pixabay/Tookapic)
Os feriados nacionais com maior interesse do consumidor são o de 15 de novembro (Dia da Proclamação da República), 2 de novembro (Dia de Finados); Natal; 7 de setembro (Dia da Independência do Brasil); 12 e 15 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida e Dia do Professor); e réveillon. Em termos de projeção de crescimento das as festas de fim de ano, o réveillon tem 47,7%, enquanto o Natal possui 37,6%.
“No panorama geral, o cenário é muito positivo, porém com grandes desafios, como as tarifas aéreas, além de sua disponibilidade, os mesmos aspectos se refletem na hotelaria, e somam-se ainda, a instabilidade econômica, flutuação cambial e a burocracia nos vistos. Mas, mesmo com tudo isso, vemos que tem demanda e que as vendas estão acontecendo”, finaliza A CEO da Sprint Dados.
