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Painelistas do debate “Esfe Feiras, Eventos e Congressos” (Eric Ribeiro/M&E)
SÃO PAULO – Dados compartilhados durante o 18° edição Encontro do Setor de Feiras e Eventos (Esfe), evento que ocorre nesta terça-feira (18), no Centro de Eventos Rebouças, em São Paulo, revelam que, no segundo semestre de 2022, mais de 5,4 milhões de visitantes participaram de eventos B2B, no estado, no que se refere a encontros de grande porte, acima de 700 pessoas.
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Aproximadamente 650 eventos de grande ou mega porte foram realizados no estados. E vale destacar, que o perfil desses frequentadores é composto por 30% do público oriundo de fora do estado de São Paulo e 70% residentes.
“Será que se não mantivermos boas práticas, o setor de eventos existirá em alguns anos?”
“Se eu chamei a atenção para os números no primeiro momento, agora eu alerto para a execução do ESG. Será que se não mantivermos boas práticas, o setor de eventos existirá em alguns anos?”, incita Paulo Octavio Pereira de Almeida, diretor executivo da Ubrafe e moderador do painel “ESFE Feiras, Eventos e Congressos”, que criticou a inexistência de um calendário de feiras B2B. “São Paulo precisa do Lollapalooza, do The Town e muito mais, mas precisamos estabelecer um calendário voltado a eventos do mercado”, observa.
Paulo Octávio, diretor executivo da Ubrafe, durante Esfe (Eric Ribeiro/M&E)
Ao abordar a questão do ESG, o moderador do painel exemplificou a questão de governança com as irregularidades praticadas na montagem do Lollapalooza, utilizando como gancho as condições de trabalho dos montadores e reforçou a importância de uma fiscalização de conduta, bem como punições cabíveis para infrações.
“São Paulo precisa do Lollapalooza, do The Town e muito mais, mas precisamos estabelecer um calendário voltado a eventos do mercado”
Paulo Passos, presidente Executivo da Abrace comentou o caso, anunciando o lançamento do selo de sustentabilidade. “Esse selo é o único do ESG e será lançado em maio. Não adianta você começar como uma régua alta, a gente precisa iniciar de alguma dessas letras do ESG e vai ser com a Sustentabilidade. Para obter o selo, é necessário cumprir mais de 40 critérios”, aponta Paulo Passos, presidente Executivo da Abrace.
Vale destacar que estão presentes no painel: Osorio Neto, CEO & Founder At Octarte Arquitetura em Eventos; Alexandre Marcilio, diretor geral Destino Transamérica; Armando Arruda Pereira, Consultor UBRAFE e Presidente do ConturSP; Fatima Facuri, Presidente da Abeoc Brasil; Carlos Corrêa, Presidente Executivo Apas; e Erisson Matos, CEO Yes Móvel Show.
”Por que nós não oferecemos cursos e paramos de contratar pessoas físicas? Deveríamos nos atentar a qualificação e segurança do prestador de serviço e passar também a atuar só com CNPJs”
Na ocasião, Paulo contextualizou que o setor de eventos possui muitos problemas na execução do trabalho e um deles é o prazo dado para a desmontagem. “Desmontar um evento em em dois dias é praticamente uma demolição e é nesse momento que há o maior índice de acidentes”.
O executivo também aproveitou a ocasião para criticar a prática comum da contratação de mão de obra desqualificada e não profissional, tanto do ponto de vista da falta de conhecimento quanto da ausência de um CNPJ. “Por que nós não oferecemos cursos e paramos de contratar pessoas físicas? Deveríamos nos atentar a qualificação e segurança do prestador de serviço e passar também a atuar só com CNPJs”.
O empresário Armando Pereira, presidente do ConturSP colaborou dizendo que “não podemos generalizar a falta de profissionalismo na mão de obra do setor, mas temos que continuar investindo em qualificação e fiscalização, não só para os nossos eventos, mas para a melhoria e crescimento do setor”, finaliza.
