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Feiras e Eventos / Política

Com desafios, setor de eventos de cultura e entretenimento projeta 2023 positivo

Doreni Caramori, presidente da Abrape, afirma que o cancelamento precipitado dos eventos é incoerente.

Doreni Caramori, presidente da Abrape (Divulgação)

O setor de eventos de cultura e entretenimento projeta um 2023 positivo, mas ainda com desafios a serem superados. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori Júnior, o impacto do segmento na economia brasileira ao longo deste ano mostrou a capacidade do setor e gerar empregos e receita de forma rápida.

“No entanto, é fundamental que se fortaleça o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos – Perse, que tem sido essencial para a sobrevivência e sustentação das empresas no cenário pós-crise”, disse ele, ao lembrar que o Perse foi o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e que engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186).

Abrangem cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades. As prioridades, no momento, estão em resguardar e disseminar os benefícios do programa. O período crítico da pandemia passou, mas as empresas ainda sofrem os efeitos do longo período de paralisação.

“Por mais que a percepção seja de que tudo voltou ao normal, com eventos lotados e fazendo sucesso, as empresas do segmento ainda vão levar um tempo para recuperar o tempo perdido. Aí é que entra o suporte do Perse. Há, também, os efeitos colaterais que persistem, como a defasagem de mão-de-obra qualificada. Durante a crise, muitos profissionais tiveram que recorrer a outras atividades para sobreviver, pois ficamos totalmente paralisados, ao contrário de outros segmentos que tiveram o benefício da flexibilização”, explica Doreni.

OTIMISMO – O presidente da Abrape cita o desempenho positivo do hub do segmento, que envolve 52 atividades econômicas, nas taxas de crescimento do do Produto Interno Bruto (PIB) nacional ao longo do ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre de 2022, na comparação com o trimestre anterior, influenciado pelos resultados dos setores de serviços (1,1%), responsáveis por aproximadamente 70% da economia.

“É um resultado superior ao da indústria, por exemplo, que teve crescimento de 0,8%. São promotores de eventos que estão investindo em atividades por todo o país, envolvendo operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem, entre outras áreas, e impulsionando o PIB do país para cima, por ter um desempenho acima da média. Importante destacar o caráter social dessa evolução, pois gera empregos rapidamente e beneficia cidades e regiões distantes das grandes capitais que têm toda sua economia relacionada com eventos”, reforça Doreni.

EMPREGOS – O desempenho do hub setorial de eventos de cultura e entretenimento encerra o ano de forma positiva na geração de empregos. Entre janeiro e outubro de 2022 foram criados 254.450 novos empregos, acumulando 3.579.065 oportunidades como um todo no Brasil. Com isso, no hub, há 72.634 empregos a mais do que o ano de 2019, um crescimento de 2%. Destaque para bares e restaurantes, com 11.937 de vagas abertas.

Além disso, dos 2.306.882 de empregos gerados no Brasil entre janeiro e outubro, 254.450 vieram do hub setorial e 15.756 do setor de eventos, representando assim 11% e 0,7% respectivamente a participação relativa do setor na geração de empregos no país. “Portanto, para 2023, nossas metas estão concentradas em consolidar as conquistas do Perse e, gradativamente, retomar os mesmos resultados que o setor apresentava antes da pandemia. Mas, como disse, há desafios ainda a serem superados como a recuperação econômica das empresas e a mão-de-obra”, conclui o presidente da Abrape.

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