Marx Beltrão confirma saída do MTur em março e defende aprovação de medidas do setor no Congresso

Vinicius Lummertz, Marx Beltrão, Herculano Passos e Marco Ferraz

O ministro do Turismo, Marx Beltrão, manifestou sua esperança de que as medidas e projetos em votação no Congresso, relativos a temas do setor, possam ser votados antes de sua saída do cargo no próximo mês. “Minha intenção é voltar ao Congresso até o final de março e espero até lá poder ver aprovada medidas como a transformação da Embratur numa agência de fomento, o aumento de capital estrangeiro nas empresas aéreas e a nova Lei Geral do Turismo com suas 118 emendas”, adiantou.

As declarações foram feitas  no fórum de Turismo, durante o Painel “Mais turismo, emprego e renda para o país”, promovido pelo jornal O Globo, nesta terça-feira (27), no Rio de Janeiro, Beltrão foi categórico ao afirmar. “Não vejo outra saída para nao perdermos a competitividade, A Embratur tem que se modernizar para enfrentar a concorrência internacional. Nada mais justo que contar com recursos que hoje estão alocados no Sebrae, já que 90% das empresas que atuam no setor turístico são pequenas e médias empresas. Com a aprovação os quase US$ 20 milhões gastos anualmente na promoção do Brasil no exterior servirão para fomentar o turismo doméstico ”.

O ministro defendeu ainda a intervenção federal no Rio e destacou a importância da imagem do país no exterior. “Há uma preocupação no mercado internacional com a escalada da violência no Rio de Janeiro principal portão de entrada do turismo internacional”. Já o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, admitiu que se nada for feito o Brasil vai perder a liderança na América do Sul na captação de turistas estrangeiros. “Isso já está acontecendo e se nada for feito rapidamente vamos ser ultrapassados pela Argentina, Colombia e até o Peru, uma vez que esses países investem em promoção e nós não temos recursos”, admitiu. Vinícius Lummertz lembrou que desde a implantação do programa de flexibilização dos vistos o volume de pedidos de turistas norte-americanos cresceu 80%, do Japão 35%, de australianos

A burocracia e o ambiente de negócios desfavorável do País são hoje entraves maiores para o turismo do que a imagem do Brasil no exterior, mesmo em tempos em que a violência no Rio de Janeiro se destaca no noticiário.Já o presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz destacou os desafios do setor e confirmou que além de Balneário Camboriú, a próxima temporada de cruzeiros irá ter como novidade parada também no terminal de Florianópolis.  O deputado Herculano Passos, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo destacou o esforço continuado do trabalho do Congresso na aprovação das medidas e defendeu a aprovação da volta dos cassinos agregados a resorts.