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Redação ME

Brasil x Alemanha, sou mais Brasil!

O nosso complexo de vira lata continua até hoje. Mas o que falar se compararmos os aeroportos do Brasil com o de Frankfurt? Fazendo uma metáfora com o futebol … seria uma goleada histórica para os bárbaros. É … mas a experiência que tive no Rhein-Main-Flughafen, maior da Alemanha e centro de operações da Lufthansa, maior empresa aérea do país, não foi nada agradável.

Meu itinerário seria Veneza, Itália, Frankfurt, Alemanha, e São Paulo-Rio de Janeiro. Partindo da cidade turística italiana o voo encontrava-se em perfeição … horário e atendimento, mas o mau tempo deixou os segundos maiores campeões mundiais de futebol de “calças arriadas” e a confusão foi formada. Tudo isso porque tivemos que aterrissar em Munique, cidade próxima, para abastecer e esperar a tempestade passar.

Eis que a organização tática mostrada em campo foi embora e a desorganização começou. Meu voo foi o primeiro a aterrissar em Stuttgart e o último a decolar para Frankfurt. Resultado, perdi a conexão para São Paulo marcada para 21h30. Até aí tudo bem. O que você espera de um país se diz organizado? O mínimo de organização, mas o que aconteceu foi o contrário.

O maior aeroporto do país fez com que desembarque fosse remoto. Cadê o ônibus? É, demorou uns 20 minutos. Era noite, imagine o frio! Após embarque, cheguei ao terminal 1. Vai ter alguém para informar para onde ir naquela imensidão. Não, não tinha!

Caminhei, corri e nada! Eis que encontro alguns brasileiros na fila de check in da Lufthansa às 22h30. Após 1h30 de espera … não tem mais hotel e me deram um vale de 10 euros para comer, sendo que o próximo voo para o Brasil (Rio de Janeiro) seria às 10h15. Mas calma, não tem mais hotel em Frankfurt? Como assim? Lá tem os mesmos problemas de hotelaria do Brasil?! E os 10 euros? Comer o que na Europa com essa miséria?

Resultado foi mais desastroso, não tinha nenhuma cadeira para deitar ou sentar, pois as poucas já estavam ocupadas. Bom, tinha que passar o tempo, comprei um baralho para jogar algo. O baralho só tinha cartas de As a 7. E nesse meio tempo ninguém da Lufthansa veio me perguntar se eu estava no mínimo bem!

Sem informação, descobri que a remarcação aconteceria às 5h45 da manhã, mais um problema. Muitos estavam na mesma situação. Todos com fome e cansados tiveram que enfrentar mais uma fila para pegar outro bilhete. Nessa hora percebi o quanto é bom ser brasileiro, pelo menos somos mais humanos. Os funcionários do aeroporto nos tratávamos como se fossemos um “zés ninguém”, esquecendo que pagamos tudo, com taxas bem elevadas.

A conclusão é: sim, não temos time para Copa, estádios e nem aeroportos, mas somos melhores no trato com as pessoas. Temos sentimentos. Parece que quando o jogo muda taticamente, os alemães se perdem. Viva Ronaldo e Rivaldo e que venha Neymar para cima dos germânicos na final da Copa de 2016 no Maracanã!

Rafael Massadar, repórter do MEE

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