LONDRES – O aumento da classe média global está gerando maior demanda por novas experiências de férias, o que tem levado a indústria a oferecer opções mais aventureiras, de acordo com uma pesquisa apresentada hoje (05) na WTM, em Londres.
O exclusivo WTM Global Travel Report, elaborado em parceria com pesquisadores da Oxford Economics, revelou que o surgimento de consumidores mais afluentes em mercados ao redor do mundo está provocando mudanças nas normas tradicionais de viagem — com alguns viajantes ousados até buscando atividades mais arriscadas.
“O estudo traz uma visão crucial para a indústria, pois mostra como as tendências se desenvolveram durante 2024 e o que pode estar por vir em 2025 e além”, explica Juliette Losardo, diretora da WTM.
VEJA PRINCIPAIS PONTOS LEVANTADOS PELO RELATÓRIO:
-A popularidade das viagens tem impulsionado uma criatividade notável. Uma ampla gama de atividades está disponível para os consumidores, impulsionada pela crescente demanda por experiências novas e únicas;
-Os consumidores também estão mais abertos a aventuras, experiências emocionantes e extremas. As atividades de soft adventure (aventura leve), que geralmente apresentam baixo risco e exigem pouca experiência, como caminhadas, ciclismo e observação de vida selvagem, representam a maior parte das oportunidades de turismo de aventura;
-As atividades de hard adventure (aventura intensa), como paraquedismo, alpinismo e rafting, devem ganhar mais popularidade entre um público tipicamente mais rico, mais disposto a assumir riscos e aberto a aventuras mais radicais. Esse tipo de viagem mais arriscada é conhecida como frontier travel (viagens de fronteira);
-Os dados apontam que 29% dos viajantes possuem maior interesse em turismo de aventura; 34% dos consumidores indicaram crescente interesse em turismo rural e baseado na natureza; e 57% dos viajantes estão mais interessados em visitar novos destinos em comparação com cinco anos atrás. Essa demanda crescente por novos lugares para visitar impulsionará o crescimento de países menores, como Armênia e Sérvia, na Europa, bem como destinos africanos que oferecem safáris e viagens de aventura;
-A “economia de experiência”, onde os consumidores priorizam memórias em vez de bens materiais, também cresceu na última década, à medida que os mercados em desenvolvimento passaram a destinar uma maior parte de sua renda disponível a viagens, acompanhando a proporção de gastos observada em muitas economias avançadas;
-As gerações Z e Millennial têm colocado maior ênfase em experiências em vez de bens materiais;
-As aparentemente infinitas oportunidades para as empresas de turismo inovarem, oferecendo ofertas distintas e personalizadas, apoiadas pela tecnologia, apresentam possibilidades empolgantes para a indústria;
“Com o aumento da classe média em muitos países, há uma demanda crescente por experiências mais incomuns e autênticas, já que os turistas querem realmente conhecer diferentes culturas – ou até mesmo realizar aquelas atividades emocionantes da lista de desejos. Nosso relatório vai estimular discussões durante os três dias da WTM e além, ajudando a impulsionar a inovação que apoiará o crescimento sustentável do nosso setor”, conclui Juliette Losardo.
O M&E viaja com proteção GTA.