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Feiras e Eventos

Copa das Confederações: vitória em campo e um teste fora dos gramados

Brasil sagrou-se campeão do torneio dentro de campo. O mesmo não pode ser dito sobre o desempenho fora dele (Crédito - Tânia Rêgo-ABr)

Brasil sagrou-se campeão do torneio dentro de campo. O mesmo não pode ser dito sobre o desempenho fora dele (Crédito – Tânia Rêgo-ABr)


Ao todo foram 16 jogos e um final que poderia ter sido planejado por um roteirista de cinema. Mas muito mais do que ver a seleção brasileira vencer a melhor seleção do mundo no palco maior do nosso futebol – o Maracanã – , há outros frutos a serem colhidos, especialmente no Turismo. Para começar pela final da Copa das Confederações, na qual o Brasil venceu a Espanha por 3 a 0. Cerca de metade dos quase 80 mil torcedores que assistiram o jogo in loco eram de fora do Rio de Janeiro. Ou seja, turistas. Imagina na Copa…

Um levantamento do Ministério do Turismo (MTur) apontou que o país recebeu cerca de 25 mil estrangeiros durante os 15 dias do evento. Um número pequeno em comparação aos 600 mil que são esperados para a Copa do Mundo, mas a opinião desses visitantes é um bom termômetro para apontar se estamos no caminho certo. E este foi o objetivo de uma pesquisa encomendada pelo órgão à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O número de brasileiros que viajou neste período devido ao torneio foi de 230 mil.

Segundo os resultados preliminares, a maioria dos estrangeiros aprovaram a infraestrutura das cidades-sede do evento: 83,1% avaliaram como bom ou muito bom os serviços de taxi, 78,3% a limpeza, 71,7% a segurança pública, 62,9% a sinalização turística e 53,6% a telecomunicação e internet. Apontado antes do torneio como um dos principais problemas, o transporte público parece ter passado no teste, uma vez que 61,5% dos entrevistados avaliaram o deslocamento até o estádio de forma positiva. Já 81% gostaram da organização em geral.

Se a avaliação dos destinos foi boa, outros indicadores – embora não tenham tirado nota vermelha – precisam ser melhorados. Este é o caso do atendimento em outros idiomas, um dos itens com menor avaliação na pesquisa, já que 56,6% consideraram este aspecto bom ou muito bom.

Embora os resultados tenham sido positivos, há ainda muito trabalho a fazer. De acordo com uma pesquisa feita pela Fecomercio-SP, o legado da Copa será basicamente novos estádios, enquanto a mobilidade urbana – item considerado prioritário para população das cidades-sedes – não será cumprido a tempo. Malhas rodoviárias e novas linhas de metrô são outros projetos que não cumprirão o prazo até a Copa. Um exemplo é a extensão de uma linha da CPTM até o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A obra deve ser entregue apenas no final de 2014 ou início de 2015.

A Embratur estima que os turistas deixaram pelo menos R$ 311,5 milhões nas seis cidades que receberam jogos. Além do retorno financeiro, o país ganhou uma grande vitrine para se mostrar ao mundo. Algo muito importante para a promoção dos nossos atrativos turísticos. Ainda não existem números definitivos da audiência de todos os jogos, mas Brasil x Itália, realizado em Salvador, teve cerca de 50,4 milhões de espectadores nos dez principais mercados de televisão do mundo, de acordo com a Embratur. A final da Copa das Confederações bateu o recorde de público. A partida entre as seleções de Brasil e Espanha foi vista por 69,3 milhões de pessoas nos dez principais mercados.

“São momentos como esses que colocam o Brasil na tela de milhões de pessoas em todo o mundo”, lembrou Dino. “Isso só seria alcançado com um investimento muito massivo de recursos em publicidade televisiva nesses mercados”, comentou o presidente da Embratur.

Veja a matéria completa na edição 228 do MERCADO & EVENTOS, que circula na segunda quinzena de julho.

 

Anderson Masetto, Lisia Minelli e Arthur Stabile

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