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Fórum Abav aborda tendências do setor e recebe críticas dos agentes

Moacyr Humberto Piacenti, sócio-líder para o setor de turismo da KPMG no Brasil, e Marcos Balsamão, presidente da Abav-SP

Moacyr Humberto Piacenti, sócio-líder para o setor de turismo da KPMG no Brasil, e Marcos Balsamão, presidente da Abav-SP

Nesta quinta-feira, o 61º Fórum Executivo organizado pela Abav-SP contou com a presença de sócios da KPMG no Brasil para tratar de assuntos como o panorama do mercado brasileiro, perspectivas e tendências no setor do turismo. Sob o tema “Qual o valor da sua agência?”, a apresentação foi dividida em três segmentos e discutiu, principalmente, a necessidade dos agentes de viagens investirem em novos produtos, se profissionalizarem e, caso necessário, até apostarem numa sinergia para se fortalecer no mercado.

Julia Wilson, diretora da área de estratégia da KPMG, iniciou o painel com uma retrospectiva macroeconômica do Brasil e afirmou que apesar da retração econômica e fatores externos que potencializam a situação, como o caso da China, o país pode esperar uma recuperação a longo prazo. Isso porque Wilson percebe pontos positivos, como uma população jovem que está aberta a adaptações, é receptiva com novas tecnologias e novos modelos de negócios, além de ser empreendedora.

Já com relação ao setor de turismo, a diretora acredita que em 2017 os números comecem a melhorar, mas acrescentou que o agente não deve esperar para se mexer. “É preciso refletir sobre as forças de mudança no mercado e como as vantagens competitivas dos agentes podem se transformar em produtos e serviços. A inovação é quase inevitável e deve ser feita sem medo”, concluiu.

Outros assuntos discutidos no evento foram as transações de aquisição e fusão como possível solução para algumas empresas, abordadas por Luis Motta, líder da área de fusões e aquisições da KPMG, e a sinergia entre empresas, citada por Flavia Vieira, gerente Sênior da KPMG. Já Moacyr Piacentini, sócio líder da KPMG no Brasil, declarou que “há mercado para todos os gostos e que, apesar da tecnologia, sempre existirão clientes a procura de atendimento personalizado”.

Ao final do painel, alguns agentes de viagens criticaram os assuntos apresentados. A agente Telma Brito, da Navigare Viagens e Turismo, reclamou que muitas das medidas contemplavam apenas as grandes empresas, já que grandes transações não são acessíveis às pequenas e médias”. Outros agentes também cobraram uma posição da Abav-SP frente à desvalorização dos agentes com relação às OTAs. Um das solicitações foi que a associação promovesse campanhas midiáticas para divulgar os benefícios de comprar com as agências. Por último, um dos profissionais pediu que além de promover encontros, a associação tomasse atitudes.

Marcos Balsamão reconheceu que a entidade pode melhorar sua atuação junto aos agentes, mas também rebateu algumas críticas dizendo que a associação não pode se envolver em assuntos comerciais. O presidente ainda afirmou que sempre estará aberto a sugestões e que isso é essencial para “perpetuar o mercado”.

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