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Em sua 13ª edição o São Paulo Boat Show promove o 2º Fórum Nacional para o Desenvolvimento do Turismo Náutico do Brasil. O objetivo é construir e fortalecer o segmento; que é hoje um dos 12 segmentos prioritários para o MTur. Participaram desse debate o velejador Lars Grael; Hermano Carvalho; diretor do Departamento de Financiamento e Promoção de Investimento no Turismo do MTur; Marco Antônio Castelo Branco; ex-secretário de Turismo de Desenvolvimento Econômico de São Paulo e Márcio Dottori; consultor especializado em Náutica.
De acordo com Márcio Dottori; o Turismo Náutico cresce em média 10% ao ano em um país que possui 8.500 km de costa e ainda mais de 45 mil km de interior navegável (rios e lagos). “Temos que aproveitar melhor nossos recursos. O potencial é enorme mas precisamos trabalhar para divulgar o segmento e com isso impulsionar seu conhecimento”; disse. Para o consultor; este é um momento bom de se realizar o Boat Show; pois a economia está estável e o real forte. “Com isso os barcos estão barateando porque muitas empresas estão se instalando no Brasil; assim o esporte e o turismo náuticos ficam mais populares”; revelou.
Segundo Hermano Carvalho; o Turismo Náutico foi identificado como uma das prioridades de investimento para o Ministério do Turismo. “Estamos aqui para escutar os anseios do segmento para ajudar e incentivar seu desenvolvimento. É importante o diálogo e termos novas idéias para construírmos e fortalecermos o setor”; disse. De acordo com Carvalho; há interesse de muitas outras empresas estrangeiras de se instalarem no Brasil para construirem barcos; mas para isso é preciso muito trabalho e que alguns assuntos sejam resolvidos para que a náutica possa crescer.
Para falar das potencialidades do segmento; Castelo Branco apresentou um panorama no Turismo Náutico no Estado de São Paulo. “A Hidrovia Tiête-Paraná tem mais de 1.200 km navegáveis e já conta com canais artificiais e terminais para facilitar a navegação. Mas o potencial é para mais de 8.600 km navegáveis no Estado; precisamos superar algumas dificuldades para que o turismo; o esporte e o lazer proporcionado pela náutica possa se desenvolver”; explicou.
Entre as dificuldades; Castelo Branco citou: falta de articulação do trade de turismo; falta de divulgação; falta de procedimentos e padrões de qualidade; falta de qualificação de pessoal; falta de motivação dos municípios de desenvolver os serviços turísticos; há infraestrutura náuticas mas falta logística de apoio. “São Paulo é o maior emissor de turista do país; precisamos que eles permaneçam no Estado e descubram o Turismo Náutico”; completou.
Economia – Segundo Castelo Branco o mercado náutico cresce 10% ao ano; as vendas de barcos registraram US$ 510 milhões; 20% a mais em realação ao ano de 2008; desse total; 71% estão concentrados na região Sudeste; dos 650 mil barcos registrados no Brasil; somente 10% é de luxo (o que acaba com o mito de que barco é coisa de rico); a cada mil barcos são gerados cinco mil empregos diretos e 2.400 indiretos. “Para finalizar só falta fazer um paralelo: no Brasil temos um barco para 292 habitantes; enquanto na Suécia essa relação é de um para sete habitantes. Ou seja; temos um potencial enorme que não está sendo aproveitado”; declaou.
Durante a 13ª edição do São Paulo Boat Show; são esperados cerca de 55 mil visitantes nos seis dias de feira (14 a 19 de outubro); um crescimento de 10% em relação a edição passada. A feira ainda conta com 150 expositores e mais de 220 barcos expostos. A expectativa é que cerca de R$ 200 milhões sejam vendidos; já que a feira é aberta também ao público final. Em paralelo ao 2º Fórum Nacional; acontece um ciclo de palestras que contará com a presença de autoridades do segmento náutico.
Autoridades fazem o corte da fita
