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Agências e Operadoras / Turismo em Dados

Anuário Braztoa: operadoras geram R$ 14,9 bilhões na economia nacional

Monica Samia e Roberto Neldeciu, da Braztoa, com Willian França, do MTur

Monica Samia e Roberto Neldeciu, da Braztoa, com Willian França, do MTur

RIO DE JANEIRO – A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) acaba de lançar o Anuário Braztoa 2020, com dados inéditos do setor das operadoras de turismo no país, que mostra, em números, o impacto do contexto econômico nacional e internacional no segmento de viagens de lazer e no comportamento do turista. O lançamento foi realizado durante o Encontro Braztoa RJ 2020, que acontece durante toda esta terça-feira (10).

Em 2019, as empresas associadas à Braztoa, que representam cerca de 90% das viagens de lazer comercializadas pela cadeia produtiva do Brasil, foram responsáveis por um faturamento de R$ 15,1 bilhões, crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior, mantendo o número de passageiros embarcados na casa dos 6,5 milhões. Ao mesmo tempo, houve um aumento considerável do ticket médio das viagens (16,9%).

“O crescimento não foi tão significativo em reais, apesar de termos tido um ano bom em 2019, que, com toda a crise mundial, fez o turismo do Brasil se manter com destinos que cresceram, que se mantiveram”, disse Roberto Neldeciu, logo complementado pela CEO da Braztoa, Monica Samia. “Tivemos, no entanto, uma leve queda de 1,4% em número de passageiros embarcados, com 6,5 milhões de pessoas, o que significa que tivemos muito mais valor agregado nas viagens, com um número similar ao do ano passado e faturamento muito maior”, completa.

Roberto Neldeciu, presidente da Braztoa

Roberto Neldeciu, presidente da Braztoa

Em nota, a Braztoa afirma que “os resultados mostram uma estabilidade num ano de adversidades, já que 2019 ficou marcado por variações cambiais com a desvalorização do real frente ao dólar”. Com relação ao ticket médio, a associação acredita ser “uma forte tendência no setor, já que as operadoras estão sendo cada vez mais acionadas para o trabalho de consultoria, agregando valor aos roteiros turísticos e criando experiências personalizadas”.

“A soma do valor dos pacotes comercializados pelas operadoras, com os ganhos extras de outros setores, geraram cerca de R$ 14,9 bilhões para a economia nacional em 2019”

Os turistas embarcados dentro do Brasil consumiram produtos e serviços não inclusos nas viagens, como alimentação, transporte, passeios extras, bares, presentes e artesanato, dentre outros, ajudando na geração de trabalho e renda nos destinos. A soma do valor dos pacotes comercializados pelas operadoras, com o valor destes extras anteriormente citados, geraram cerca de R$ 14,9 bilhões para a economia nacional.

Mais de 1,7 milhão de embarques internacionais

Do total de passageiros embarcados, mais de 4,8 milhões foram para destinos dentro do Brasil (73,8%). A porcentagem de turistas para destinos internacionais foi de 26,2%, ou seja, mais de 1,7 milhão de brasileiros viajaram para fora do país em 2019. O turismo nacional representou um faturamento de R$ 9 bilhões (59,7%). Já as viagens para o exterior atingiram a marca de R$ 6,1 bilhões de faturamento (40,3%).

“No Internacional, tivemos algumas curiosidades, com o maior faturamento para Europa. Em termos de passageiros embarcados, América do Sul representou 30,4%, o que mostra que os gastos com a Europa são mais expressivos. E a América do Norte, sempre um destino importante, segue com nosso segundo faturamento. Em termos de mbareus, foram 19,2%, menor, sendo América do Sul e Europa o grande mobilizador de turistas em 2019. Na Ásia, África e Oceania, apenas 5,3% dos passageiros, mas tem o dobro de faturamento”.

Anuário Braztoa foi apresentado no ECB-RJ

Anuário Braztoa foi apresentado no ECB-RJ

No Brasil, o Nordeste manteve a liderança, recebendo 51,8% do total de passageiros embarcados. Já o Sudeste ficou em segundo lugar, com percentual de 22,1%. A região Sul foi responsável por uma parcela de 19,2% dos embarques totais no país, enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram 6,9% do total brasileiro.

Nos embarques internacionais, o principal destino foi a América do Sul, correspondendo a 30,4% dos embarques. A Europa ficou em segundo lugar na preferência dos turistas, com 28,4%. América do Norte, por sua vez, representou 19,2% dos embarques, enquanto América Central-Caribe correspondeu a 16,7% e o bloco Ásia-África-Oceania representou 5,3% e do total.

Roteiros mais curtos e ticket médio mais alto

Os valores médios dos pacotes praticados em 2019 para os mercados doméstico e emissivo internacional foram, respectivamente, R$ 1.869 (aumento de 23% no ticket médio) e R$ 3.567 (alta de 1,3% no ticket médio).

Com relação à duração das viagens, os roteiros mais curtos (até 4 dias) foram escolhidos por 22% das pessoas. Os médios (5 a 9 dias) ganharam adesão de mais da metade das escolhas dos consumidores (53%), enquanto os roteiros mais longos (mais de 10 dias) tiveram 25% nas procuras.

Sobre o tipo de pacote vendido, os completos – aqueles que envolvem a parte terrestre e aérea representam com 35% das escolhas, enquanto as viagens que englobam apenas a parte terrestre, sem o aéreo, foram escolhidas por 37% das pessoas. O Anuário ressalta que para a aquisição dessas viagens a opção de pagamento parcelado em mais de cinco vezes, atendeu a maior parte dos clientes (54%).

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