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Agências e Operadoras

Coronavírus: sem demissões, CVC corta gastos recorrentes para R$ 50 milhões por mês

Marcas da CVC Corp apresentarão novidades no Festuris

Com as iniciativas de redução, estima-se que os gastos recorrentes da CVC sejam de cerca de R$50 milhões por mês

A CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A divulgou ao mercado as medidas que estão sendo tomadas em relação ao surto do coronavírus (Covid-19), que teve grande impacto sobre o segmento de viagens e turismo. Quem assina o comunicado é Maurício Teles Montilha, diretor Executivo de Finanças e de Relações com Investidores. E por conta do cenário atual incerto, a companhia vem tomando medidas para preservar sua saúde financeira, tais como:

  • Redução da jornada de trabalho de 50% a partir de 1° de abril para todos os colaboradores, exceto em casos pontuais, de pessoas que estejam atuando em temas emergenciais;
  • Redução de 50% de salário da Diretoria Executiva e Conselho de Administração a partir de 1° abril;
  • Suspensão de novas contratações e promoções;
  • Congelamento de vagas;
  • Congelamento do banco de horas e proibição de horas extras adicionais;
  • Postergação de todos projetos e investimentos não prioritários;
  • Suspenção de todos os investimentos em marketing;
  • Renegociação de termos e prazos de pagamentos a fornecedores;
  • Devolução de todos fretamentos até 31 de maio de 2020.

Com as iniciativas de redução, estima-se que os gastos recorrentes da CVC (folha de pagamento, impostos e investimentos de projetos prioritários e juros da dívida) sejam de cerca de R$ 50 milhões por mês. A empresa ressalta ainda que a maior parcela do endividamento tem vencimento a médio e longo prazo. “De um endividamento total na ordem de R$ 1,8 bilhão, temos R$ 613 milhões vencendo este ano, em novembro de 2020. O saldo de caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro de 2019 era de aproximadamente R$ 365,4 milhões (números não auditados)”, afirma Mauricio Teles, em carta ao mercado.

A CVC ainda afirma que, em linha com seus valores e seguindo as diretrizes das autoridades responsáveis, bem como as políticas dos fornecedores de serviços turísticos, tem buscado acomodar as necessidades de seus clientes, oferecendo apoio e suporte a quem está em viagem e oferecendo opções de remarcação ou crédito para os que têm viagens marcadas paras próximas semanas.

“Este apoio aos clientes tem sido oferecido tanto na nossa rede de mais de 1,4 mil lojas, como também aos agentes de viagens parceiros, bem como pelos canais de atendimento telefônico e digital. Por fim, conforme o termo de ajuste de conduta (TAC) estabelecido entre o Ministério Público Federal e a Associação das Empresas Aéreas (Abear), caso o cliente opte pelo reembolso de sua passagem, o prazo para pagamento será de 12 meses a partir da data da solicitação, sem correção monetária ou multas”, diz a CVC, em nota.

Colaboradores e Parceiros

Visando o bem estar e segurança de seus colaboradores e parceiros, a companhia começou a adotar medidas preventivas à disseminação da Covid-19 em seus escritórios tais como: criação de salas de crise para atender aos clientes em caráter imediato; reforço na higienização dos ambientes de trabalho; comunicações diárias com os colaboradores através do time de gente e gestão; reuniões só através de videoconferência e trabalho remoto de 100% do time a partir de hoje.

A CVC tem também apoiado sua rede de franqueados e agentes parceiros, por meio de orientações sobre como tratar os clientes e colaboradores na atual situação. Estamos atuando junto as autoridades para obtenção de linhas de crédito para os pequenos empreendedores do setor, bem como junto aos shopping centers em relação aos aluguéis dos franqueados nesse momento crítico. A Companhia também reitera a parceria e relacionamento com todos os seus parceiros e dará o suporte necessário durante este momento para que todos saiam fortalecidos ao término desta situação.

CVC ressalta balanço sólido

A CVC ressaltou que possui balanço sólido em meio a pandemia. Ao final do terceiro trimestre de 2019, de acordo com as últimas informações financeiras divulgadas, a companhia tinha: uma posição de caixa e equivalentes de caixa de R$ 411,9 milhões, bem como um saldo de contas a receber de clientes de R$ 3,2 bilhões.

Do saldo de contas a receber de clientes, cerca de 55% refere-se a contratos de clientes que já realizaram a viagem; um saldo de R$ 811 milhões em adiantamentos a fornecedores, que na sua maior parte se referem a bilhetes aéreos já pagos de viagens já intermedidas pela CVC; e um saldo de R$745,5 milhões de reais na linha de fornecedores.

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