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Reservas, voos e estadias de clientes do Grupo Thomas Cook estão devidamente cancelados
O Grupo Thomas Cook acaba de anunciar sua falência, na noite deste domingo (22), já madrugada de segunda-feira (23) na Europa, após o fracasso de uma maratona de negociações com credores e acionistas do grupo chinês Fosun. A empresa entrará em “liquidação imediata” e as autoridades agora terão que organizar um grande trabalho de “repatriamento” de cerca de 600 mil turistas que até então viajavam com a empresa, já que todas as suas operações, tanto como operadora, quanto companhia aérea, foram interrompidas.
Com a falência, de forma automática, todas as reservas, voos e estadias de clientes do Grupo Thomas Cook estão devidamente cancelados. “Apesar dos esforços, as discussões não resultaram em um acordo. O conselho de administração concluiu, portanto, que não tinha escolha a não ser tomar medidas para a Thomas Cook entrar em liquidação com efeito imediato”, afirmou o comunicado enviado pelo próprio grupo.
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O operador turístico independente mais antigo do mundo, portanto, encerra hoje quase dois séculos de atividade. Cerca de 22 mil funcionários do grupo perderão seus empregos imediatamente, incluindo 9 mil somente no Reino Unido. Segundo o portal Sky News, a empresa deve contratar a AlixParners e a KPMG para gerenciar sua dissolução ou reestruturação. Agora os administradores tentarão salvar “as partes do grupo que podem” ser aproveitadas pelos credores para que possam encontrar um pouco de sua participação. Quanto aos acionistas, correm o risco de perder tudo: o título despencou derreteu nos últimos meses, à medida que os problemas de Thomas Cook cresciam; e até o pedido de falência valia apenas alguns centavos.
Na última quinta-feira (19), o Grupo Thomas Cook já tinha entrado oficialmente com pedido de recuperação judicial no Tribunal Distrital Sul de Nova York, nos termos do Chapter 15, que representa um processo de falência corporativa fora dos Estados Unidos. A petição protegia US$ 1,3 bilhão em valores dos títulos emitidos nos EUA contra reivindicações locais e poderia fazer parte da reestruturação acordada sob a lei britânica. A ação ocorreu depois que fundos de hedge norte-americanos, que detinham seguro de crédito, relutaram em concordar com a proposta de reestruturação.
