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Agências e Operadoras / Hotelaria / Política

Reforma tributária: entidades comemoram decisão do Congresso a favor do Turismo

MONTAGEM PEDRO Reforma tributária: entidades comemoram decisão do Congresso a favor do Turismo

Manoel Linhares, da ABIH Nacional, Marina Figueiredo, da Braztoa, Marco Ferraz, da Clia Brasil, Alexandre Sampaio, da FBHA, e Magda Nassar, da Abav Nacional (Montagem/M&E)

A Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da reforma tributária, que contemplou agências de viagens e operadores no conjunto de alíquotas diferenciadas previstas na PEC 45/2019, ao lado de outros segmentos que fazem parte da ampla cadeia do Turismo, como serviços de hotelaria, parques de diversão e parques temáticos, bares e restaurantes. O ponto negativo é que o transporte aéreo ficou de fora após o relator da reforma tributária da Câmara.

Durante todo o segundo semestre, Abav Nacional, Braztoa, Abracorp, AirTkt, Clia Brasil e mais entidades estiveram de frente nesta luta do setor, semanalmente em Brasília, e agora comemoram o resultado que coloca a PEC-45 em curso para promulgação pelo Congresso Nacional. Veja abaixo os depoimentos de Alexandre Sampaio, da FBHA, Marco Ferraz, da Clia Brasil, Marina Figueiredo, da Braztoa, Manoel Linhares, da ABIH Nacional, e Magda Nassar, ex-presidente da Abav Nacional.

Abav Nacional

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Magda Nassar, ex-presidente da Abav Nacional, que esteve de frente na luta pelo agenciamento durante o ano de 2023 (Eric Ribeiro/M&E)

“Estamos comemorando. Quando, na Câmara dos Deputados, as agências não foram inseridas no primeiro momento e vimos alguns outros parceiros contemplados, para nós foi uma surpresa e uma preocupação enorme em saber que a nossa indústria, que funciona com elos que se complementam, teria uma diferença importante na balança. Isso não fecharia a conta, principalmente para as agências de viagens que teriam um problema imenso nas mãos num momento ainda de recuperação após a pandemia. E não podemos mais ser penalizados. As agências de viagens têm diversas questões importantes pendentes e essa reforma tributária era uma delas. Foi um trabalho intenso das associações do agenciamento, das pessoas que trabalham para estas entidades, de ir para Brasília, de convencer, de conversar com a grande maioria dos 81 senadores para fazer com que eles entendessem a nossa história, nosso pleito e finalmente nos colocassem dentro do texto principal. Fomos votados sem nenhum problema. O trabalho do agenciamento foi impecável. E na última semana estivemos na Câmara para convencer nossos deputados e lideranças, sempre muito apoiados pelo ministro Celso Sabino e pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que nunca largaram as nossas mãos e estão trabalhando arduamente pelo setor. A união do Turismo, do agenciamento, da indústria em geral foi muito importante. Isso é uma grande vitória, e agora vamos para as leis complementares discutir nosso futuro. É um trabalho que não terminou. Foi uma vitória, mas a guerra continua. Eu sei que muita coisa vai rolar, mas estamos atentos e dispostos a seguir lutando pelo setor. Nossos pleitos não podem ficar de fora dos holofotes porque são fundamentais. O que faz diferença é termos disposição para trabalhar e fazer as coisas acontecerem. Estou feliz e orgulhosa, e sei que as agências vão usufruir disso para terem seus negócios cada vez mais prósperos” – Magda Nassar, ex-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav Nacional).

ABIH Nacional

Manoel Linhares presidente da ABIH Nacional Reforma tributária: entidades comemoram decisão do Congresso a favor do Turismo

Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional (Eric Ribeiro/M&E)

“Como representante da hotelaria, desde o início estivemos fazendo um trabalho muito presente aqui em Brasília. Tivemos presentes com mais de 50 hoteleiros na capital e nos reunimos com o presidente da Comissão de Turismo da Câmara, Arthur Lira, justamente para verificar as possibilidades junto ao deputado e saímos de lá satisfeitos. E eu estive na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para agradecer ao deputado federal Aguinaldo Ribeiro e ao senador Eduardo Gomes, pela aprovação. E em nome deles, gostaria de agradecer a todos os senadores e deputados por terem olhado para esse setor tão sofrido. No início, como estava no texto original da reforma tributária, não haveria a menor chance de qualquer hotel sobreviver”Manoel Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH Nacional).

Braztoa

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Marina Figueiredo, presidente-executiva da Braztoa (Eric Ribeiro/M&E)

Eu acredito que este resultado no fim do ano vem como um presente para coroar este 2023 de tanto trabalho, de tanta sola de sapato gasta, de tantas negociações e conversas que tivemos aqui. Se a gente realmente tivesse deixado a pauta fluir naturalmente, o Turismo estaria fora deste rol de alíquotas diferenciadas, principalmente o setor de agenciamento. É claro que ainda estamos neste sentimento de comemoração, mas sabemos que não podemos celebrar muita coisa porque será em 2024 que começará a discussão sobre a vitória que tivemos agora que é poder estar num ambiente para então buscar condições positivas para nosso setor. É hora de comemorar e reconhecer o empenho de todo mundo que colaborou em todo este processo, se dividindo para podermos estar sempre aqui em Brasília. E no ano que vem teremos que alinhar pelo que iremos brigar, já que começará uma outra batalha, agora para valer, porque será ela que fará a diferença no nosso dia a dia para que possamos continuar tendo competitividade. E para isso não podemos tirar o olho de Brasília e seguiremos sempre por aqui” – Marina Figueiredo, presidente-executiva da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).

Clia Brasil

Marco Ferraz Clia Brasil Credito Eric Ribeiro Reforma tributária: entidades comemoram decisão do Congresso a favor do Turismo

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil (Eric Ribeiro/M&E)

“Estive em Brasília todas as semanas de agosto a dezembro. Em nome da Clia Brasil, estivemos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal ao lado de grandes entidades como Abav Nacional, Abracorp, Braztoa, Air Tkt, que representavam setores que tinham ficado de fora do artigo 156A da reforma tributária, que é o do regime específico. Foi muito importante termos nos reunido com o governo federal, com deputados e senadores, com os relatores nas duas casas, com o ministro do Turismo, Celso Sabino, e com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que nos ajudaram muito em meio a estas negociações, porque não fazia sentido o agenciamento, que é um elo tão importante da cadeia do Turismo, que monta o quebra-cabeça, que coloca o produto na prateleira, que financia, que as vezes freta avião e bloqueia hotel, ficar de fora do regime específico da reforma tributária. Mas é importante dizer que este resultado não garante nada! A gente muito provavelmente terá que fazer um benchmark do mundo inteiro para ver qual é o melhor tratamento do setor, trazer estas informações para o governo e conversar com todos os líderes da Câmara dos Deputados. Desde agosto, a gente conversou com os 18 líderes da casa, visitamos diversas vezes todos os deputados do Grupo de Trabalho da reforma tributária, falamos com todos os deputados da Comissão de Turismo, e todos receberam muito bem nosso pleito. Tanto é que veio no relatório do relator Aguinaldo Ribeiro que o Turismo é muito importante, ele contribuiu bastante, mas agora temos que seguir em frente. Agora o desafio é maior. Temos que reunir as planilhas e apresentar ao governo para termos um tratamento que deixe o Turismo competitivo, criando empregos e renda para o país. Hoje são mais de 37 mil agências de turismo em todo o Brasil cadastradas no Cadastur, muitos colaboradores dependem disso, então estamos unidos, não só o agenciamento, mas com todas as entidades para termos um Turismo de fato competitivo” Marco Ferraz, presidente da Associação das Empresas de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil).

FBHA

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Alexandre Sampaio, presidente da FBHA (Marcelo Freire)

“A gente comemora, mas não podemos relaxar não! Porque agora tem a regulamentação. Ela é um fator decisivo. O enquadramento do que foi mais ou menos acordado de 60% de desconto sobre o IVA básico é um passo gigantesco. E concomitantemente ao Perse, para quem tem Cadastur, também nos dá um timing de recuperação muito importante. Mas é como eu digo: não podemos relaxar. Temos que trabalhar agora a regulamentação para que não tenhamos nenhuma surpresa e o processo possa seguir adiante. Eu estou muito satisfeito. Acho que a reforma tributária rende homenagens a todos que trabalharam e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que fez o encaminhamento realmente com muito afinco. O Brasil deu passe decisivo e fundamental para que possamos ter competitividade dentro dos mais variados setores do Turismo” – Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).

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