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Viagens corporativas crescem 82% e fecham 2022 com faturamento de R$ 93,6 bilhões

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Especificamente em dezembro, houve gasto estimado de R$ 6,5 bilhões em viagens corporativas no país, uma alta de 15,7% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, superando em 2,3% o nível pré-pandêmico (Agência i7)

O setor de viagens corporativas fechou o ano de 2022 com um faturamento de R$ 93,6 bilhões, o que representa crescimento de 81,6% na comparação com 2021, apenas 4,7% abaixo de 2019, ano pré-pandemia. Os dados foram divulgados pela FecomercioSP, em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).

Especificamente em dezembro, houve gasto estimado de R$ 6,5 bilhões em viagens corporativas no país, uma alta de 15,7% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, superando em 2,3% o nível pré-pandêmico. Vale destacar que o ritmo no período é menos intenso por conta do início das férias.

“Esse valor inclui o transporte, meios de hospedagens, alimentação, locação de veículos, custos com agências e operadoras e transporte rodoviário, entre outros. Em 2023, temos como tendência os preços altos, porém estáveis, o que traz maior previsibilidade para as empresas elaborarem orçamentos e planejamentos, além da flexibilidade e realocação de recursos e redução da tarifa média”, destaca Guilherme Dietze, consultor econômico da FecomercioSP.

Para Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev, o saldo positivo do ano traz o termômetro do aumento das ações das empresas em eventos, reuniões e visitas, entre outros. “Acredito que 2023 tenha bons resultados como o ano anterior. Porém, o segmento pode enfrentar alguns obstáculos como, por exemplo, a escassez de mão de obra, decisões de encontros entre reuniões virtuais ou presenciais, custos elevados na cadeia de fornecedores, guerra da Ucrânia, juros altos e incertezas. Porém, vejo as organizações se reinventando e investindo em viagens e eventos corporativos”, comenta.

Ano marcado por dois momentos

De acordo com o estudo, 2022 foi marcado por dois momentos distintos. O primeiro, no início do ano, sobretudo no primeiro bimestre, pelas consequências da variante ômicron, que provocou cancelamentos naquele período. Assim, a recuperação foi mais lenta do que o esperado.

Já no segundo momento, entre agosto e dezembro, não havia mais sinais das restrições do coronavírus, com isso foi instalada uma liberdade completa, o que provocou aceleração nos planejamentos de viagens e eventos. Tanto que o setor atingiu um faturamento médio superior a R$ 9 bilhões por mês, similar ao que se observava antes de 2020.

Esse faturamento maior na segunda etapa do ano foi causado também pela escalada dos custos das viagens que as empresas tiveram que arcar, principalmente em relação às passagens aéreas. As consequências da guerra na Ucrânia foram vistas em praticamente todos os cantos do turismo, passando pela aviação, transporte rodoviário, alimentação, hospedagem e nas estruturas dos eventos. Por conta da conjuntura internacional complexa, os custos mais altos foram sendo repassados aos clientes e consumidores finais.

A pesquisa aponta, para os próximos meses, que os preços, em média, continuam elevados, porém mais estabilizados, o que permite maior previsibilidade. Desta forma, a gestão de viagens, ao longo de um ano, torna-se menos desconfortável e sem surpresas no percurso dos meses. A tendência, portanto, é que as empresas continuem expandindo os gastos com viagens e eventos, mesmo com preços mais altos e mantendo a avaliação criteriosa, e o LVC terá todas as condições de alcançar novos recordes.

“As viagens de negócios no Brasil tiveram resultados mais interessantes do que o esperado, o que pode ser atribuído ao desejo de realizar encontros presenciais, participar de eventos e ampliar as estratégias de recuperação das atividades pós-restrições 2020-2021. Os preços mais elevados alteraram parcialmente as dinâmicas, com concentração de demanda em destinos mais próximos e acessíveis por carro e ônibus, no caso de eventos e convenções, o que contribuiu com os bons resultados das regiões sul e sudeste. Para 2023, espera-se uma acomodação entre os eventos presenciais e as ações remotas com apoio de tecnologia, caso os preços não baixem”, comenta Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP.

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