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Agências e Operadoras / Turismo em Dados

Viagens corporativas faturam R$ 987 milhões e superam pré-pandemia em julho

Gervásio Tanabe, da Abracorp

Gervásio Tanabe, da Abracorp

A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) divulgou os resultados relacionados ao mês de julho, com destaque para os R$ 987,69 milhões de faturamento, que superaram os níveis pré-pandemia em 1,86%, em relação a julho de 2019. Entre os itens analisados, o segmento aéreo obteve o maior volume de faturamento (R$ 644 milhões) embora com menor número de transações (-28%). Isso se deve ao perfil de viagens domésticas, que pode ter mudado um pouco, sendo que o aéreo deixou de ser a primeira opção.

O setor de viagens corporativas manteve seu ritmo de recuperação. Essa é a principal conclusão do estudo realizado mensalmente pela Abracorp, que avalia o desempenho de 11 setores que compõem esse mercado. No acumulado do ano, o faturamento foi de R$ 5,78 bilhões, ainda 11% abaixo de 2019, com R$ 6,53 bilhões, mas 226% acima do valor obtido em 2021, R$ 1,77 bilhão. Os resultados do mês confirmam a previsão da Abracorp de fechar o ano com faturamento 20% acima de 2019.

No acumulado do ano, o faturamento foi de R$ 5,78 bilhões, ainda 11% abaixo de 2019, com R$ 6,53 bilhões, mas 226% acima do valor obtido em 2021, R$ 1,77 bilhão

O destaque em julho foi o segmento aéreo, que faturou R$ 644 milhões, 65% do total da receita do setor, acima 2,82% em relação ao valor obtido em julho de 2019. “Porém, se olharmos no número de transações, o mês de julho deste ano é inferior 28% em relação ao mesmo período de 2019. “Uma das formas de analisar esses dados é considerar que o perfil do viajante doméstico mudou um pouco”, avalia Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.

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Dados divulgados pela Abracorp por segmento (Divulgação)

Conforme Tanabe, a ponte aérea, por exemplo, nos trechos Congonhas/Santos Dumont e Congonhas/Brasília registrou queda de 30% em bilhetes emitidos comparando julho deste ano com o mesmo mês de 2019. Os valores das tarifas, ao contrário, apresentarem aumento de 27%, o que reflete o empate técnico no faturamento. Por outro lado, a redução média geral em bilhetes emitidos foi de 15%. “Assim, concluímos que em alguns trechos corporativos o movimento de retomada está mais lento que em outros.” conclui Tanabe.

INTERNACIONAL – Outro destaque no perfil de viagens corporativas é o volume de vendas internacionais.  “Embora a demanda esteja crescente, o viajante corporativo ainda não retomou o fluxo das viagens internacionais registradas em 2019, parte em função da alta do dólar”, diz Tanabe.

HOTELARIA – O segmento hoteleiro, o segundo maior em faturamento dentre os 11 setores analisados pela Abracorp, aponta um faturamento igual em 2022 e 2019, no mesmo período de julho, com pequena variação negativa de 2,0%, com cerca de R$ 250 milhões. Algumas redes, entretanto, tiveram uma movimentação surpreendente. A hotelaria independente cresceu 1,6%, enquanto as redes reduziram vendas em 5,2%. Porém, também houve redução de 5 pontos percentuais na estadia média de até 2 pernoites.

LOCADORAS – Segundo a Abracorp, o contraponto dessa redução em viagens aéreas em trechos mais curtas pode ser fator determinante na demanda de locação de veículos, que teve ao longo de toda a pandemia e ainda tem uma evolução muito consistente de 63% em julho/22, chegando a R$ 28,1 milhões de faturamento em julho. O perfil de locações por período maior que duas diárias caiu 22%, enquanto estadias mais longas aumentaram, ou seja, o viajante fica agora mais tempo no destino.

Abracorp espera recuperação dos empregos

O setor de agências de viagens chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da Abracorp, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano. Um dos principais desafios pela frente, segundo Tanabe, é exatamente conseguir trazer esses trabalhadores de volta ao setor de viagens corporativas e alcançar o equilíbrio sustentável diante da alta dos custos na atividade.

“A mão de obra das agências de viagens é especializada, especialmente no que se refere ao consultor. A tecnologia melhorou muito a usabilidade para o cliente, mas quanto maior a oferta na internet, mais confusa é a comparação de produtos e serviços, fazendo com que o conhecimento técnico do agente de viagens torne-se relevante”, diz Tanabe.

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