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Aviação

​Primeiro-ministro diz que Tap volta para o Estado mesmo sem acordo

António Costa, primeiro-ministro de Portugal

António Costa, primeiro-ministro de Portugal


O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, afirmou nesta sexta-feira, da 18, em Bruxelas, que o Estado retomará a maioria do capital da Tap mesmo sem acordo com os seus compradores. Em conferência de imprensa, o político disse que a negociação tem que continuar e espera que “haja um acordo”, mas alertou que a execução do programa do Governo avançará mesmo sem acordo.

António Costa enfatizou que se não for com o acordo, é sem o acordo. “Eu acho que o resultado final vai ser esse (privados com a minoria), espero que seja feito por acordo”, afirmou o governante, garantindo que o “Estado retomará 51% do capital da Tap”.

“Estou certo de que será feito por acordo e que, independente de declarações negociais que sejam feitas, o resultado final será a contendo de todas as partes”, disse.

“A execução do programa do Governo não está sujeita à vontade de particulares que resolveram assinar um contrato com o Estado português, nas situações, no mínimo precárias, visto que estavam a assinar com um Governo que tinha sido demitido na véspera”, afirmou o primeiro-ministro numa referência à transportadora aérea Tap.

Atlantic Gateway quer cumprir contrato –
Na última quinta-feira, dia 17, o empresário Humberto Pedrosa, acionista maioritário da Atlantic Gateway, reuniu-se com o Governo para o primeiro encontro oficial sobre a recuperação da posição maioritária do Estado.

Após o encontro, Humberto Pedrosa ressaltou que o seu projeto “não se adapta” com uma posição de minoria. “O nosso projeto não se adapta com minoria”, afirmou o empresário, acrescentando: “Estamos a conversar [com o Governo]. Isto foi uma primeira conversa, com certeza que o Governo não quer fechar a porta e nós não queremos fechar a porta”.

O sócio minoritário de Humberto Pedrosa na Atlantic Gateway, David Neeleman, garantiu ontem também que o contrato assinado com o anterior Governo iria ser cumprido, à saída da reunião com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

David Neeleman disse que na reunião com o ministro “não foi apresentada nenhuma proposta” de reversão do acordo de conclusão da venda direta de 61% do capital da Tap, assinado no dia 12 de novembro entre a Parpública, empresa gestora das participações públicas, e o agrupamento Gateway.

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