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Aviação

Aeroporto de Brasília vai operar com duas pistas simultâneas

Procedimento inédito na América do Sul levará a aumento no número de voos de 60 a 80 a cada hora. Operação simultânea deve começar em novembro (Inframerica/Divulgação)

Procedimento inédito na América do Sul levará a aumento no número de voos de 60 a 80 a cada hora. Operação simultânea deve começar em novembro (Inframerica/Divulgação)


O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, vai operar, a partir de novembro deste ano, com duas pistas simultâneas. Será o primeiro aeroporto da América do Sul a realizar operações paralelas simultâneas independentes. A operação aumentará a capacidade de pousos e decolagens de 60 para 80 por hora, facilitando o controle de tráfego aéreo nos horários de pico. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Aeronáutica, analisou e autorizou o novo procedimento.

O terminal é o único do País com pistas paralelas a uma distância segura para realizar pousos ou decolagens simultâneos. As pistas têm 3.300m x 45m e 3.200m x 45m, com espaço de 1,8 km entre elas. O mínimo exigido para distância entre duas pistas é de 1.025m, estipulado pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). As duas pistas do Aeroporto JK têm uma distância de 50% a mais do que o mínimo requerido.

O diretor do Departamento de Gestão e Planejamento de Navegação Aérea Civil da Secretaria de Aviação Civil, Rafael Botelho Faria, explica que o procedimento é considerado de rotina e não é mais ou menos seguro do que outra operação. “O principal benefício desse tipo de operação é o de diminuir a restrição na quantidade de aeronaves que deveriam decolar ou pousar no aeroporto numa hora-pico. Com o fim dessa restrição ganha-se rapidez no número de movimentos, que aumentam em 33% por hora, passando de 60 para 80. Assim, você permite mais ofertas de horários nos momentos de pico, além de mais infraestrutura para as companhias aéreas operarem no horário e consigam atender maior número de voos e assentos”, analisa o diretor da Secretaria de Aviação Civil.

Segundo ele, a medida também é positiva para a companhia aérea, porque diminui os casos de sequenciamento. “No Aeroporto JK, por exemplo, há uma média de 30 pousos e 30 decolagens por hora. Há momentos em que há mais de 30 aeronaves para pousar e aí o avião é obrigado a entrar na fila, no alto, dando voltas e gastando combustível”, diz. “Com oportunidade de mais voos, você evita ou minimiza a fila, economizando combustível, dando ganho de tempo para os passageiros, colocando mais voos à disposição, facilitando as conexões”, completa Rafael Botelho Faria.

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