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Virgílio Russi, VP de Vendas Internacionais, e Giancarlo Takegawa, diretor da Air Canada no Brasil
SÃO PAULO – O Brasil se tornou um dos principais mercados para a Air Canada após a pandemia justamente por conta da sua capacidade de recuperação rápida. Tanto é que em abril deste ano, como divulgamos aqui no M&E, a companhia já operava mais voos semanais do que em 2019, antes da pandemia. Até outubro, era um voo diário de Toronto para São Paulo e outras três frequências de/para Montreal, totalizando 10 voos por semana entre Brasil e Canadá.
Pois bem. No dia 1º de novembro, a companhia aumentou a oferta entre São Paulo e Montreal de três para cinco frequências por semana. Além disso, com os voos diários para Toronto e as cinco partidas semanais de São Paulo para Buenos Aires, a Air Canada fecha 2022 no Brasil com 17 frequências por semana. Estas e mais novidades foram apresentadas pelo vice-presidente de Vendas Internacionais da Air Canada, Virgilio Russi, e pelo diretor geral da empresa no Brasil, Giancarlo Takegawa.
Virgilio está no Brasil e destacou a real importância deste mercado para Air Canada neste momento pós-pandemia. “Antes ou depois da pandemia, o País sempre foi muito importante, o maior da América Latina, e que acabou se tornando ainda mais justamente por sua recuperação rápida, além de ter uma sazonalidade oposta ao Canadá”, disse o VP, ao destacar que o mercado sazonal funciona muito bem por aqui, com 50/50% nos embarques de Brasil e Canadá.
“A Classe Executiva está sempre lotada. Temos sempre uma demanda muito forte para este produto. Só dá para comparar São Paulo com Londres neste quesito de demanda para Business”
Em condições normais, segundo Virgílio, é um mercado muito forte em relação ao corporativo. “A Classe Executiva está sempre lotada. Temos sempre uma demanda muito forte para este produto. Só dá para comparar São Paulo com Londres neste quesito de demanda para Business”, disse o VP. “E além do turismo de lazer e do corporativo, temos muitos brasileiros que moram no Canadá como estudantes ou imigrantes, o que coloca o Brasil também no topo do ranking das viagens familiares, atrás apenas de Índia e China”, completou o executivo.
Rotas da Air Canada durante o verão
- TORONTO–SÃO PAULO: voo diário
- MONTREAL–SÃO PAULO: cinco voos semanais (passa para quatro em março de 2023)
- SÃO PAULO–BUENOS AIRES: cinco voos semanais
Ocupação de 90% e receita e capacidade acima do pré-pandemia
Air Canada tem ocupação média das aeronaves de 90% em todos os voos e receita acima dos níveis pré-pandemia e 65% a mais de capacidade em relação a 2019 (Divulgação)
Quer mais o que? Ocupação média das aeronaves de 90% em todos os voos, receita acima dos níveis pré-pandemia e 65% a mais de capacidade em relação a 2019. Este é o panorama atual da companhia por aqui. É o que nos contou o diretor geral da empresa no Brasil, Giancarlo Takegawa, que esteve ao lado de Virgilio Russi, nesta segunda-feira (19), num bate-papo com a imprensa especializada no escritório da Air Canada, em São Paulo.
“Realmente tivemos uma rapidez na recuperação do mercado, uma musculatura muito grande, mas nossa grande desvantagem é a inconsistência, o que envolve também certas intervenções governamentais que são responsáveis por essa montanha-russa. Apesar disso, estamos com voo diário para Toronto, como em 2019, e passamos de 3 para 5 frequências entre São Paulo e Montreal. Em termos de capacidade, pulamos de 125 mil assentos, em 2019, para 207 mil assentos agora em 2022/2023”, destacou.
“Estamos com voo diário para Toronto, como em 2019, e passamos de 3 para 5 frequências entre São Paulo e Montreal. Em termos de capacidade, pulamos de 125 mil assentos, em 2019, para 207 mil assentos agora em 2022/2023”
Sem falar numa ocupação média de 90% desde que as fronteiras do Canadá abriram por completo, de abril até dezembro. “Após a reabertura total, voamos bem. Os cursos de graduação estão despontando muito. As viagens familiares e para estudar são as que hoje sustentam nosso voo, porque os estudantes ou trabalhadores imigrantes sempre levam ou recebem pais e amigos, e o nicho de educação foi o primeiro mercado que abriu após a pandemia”, lembrou o gerente.
MUDANÇA DE AERONAVE TAMBÉM AUMENTA CAPACIDADE – A Air Canada cresceu ainda mais a capacidade também por conta da mudança de aeronaves. Enquanto, normalmente, são os B787-900s que operam na rota, com seus 298 assentos, agora, neste verão no Brasil, são os B777-300s e seus 400 assentos que estão responsáveis pela rota. “Nosso desafio é onde colocar os B777s durante o inverno no Canadá. E o Brasil e a Austrália são estes mercados”, destacou Virgílio.
Mercado global
Virgilio Russi e Giancarlo Takegawa receberam a imprensa no escritório da Air Canadá no Brasil
O VP destacou um ano de 2022 “sensacional” para a Air Canada em âmbito global, após os dois piores anos de sua história. “Tivemos uma recuperação melhor que o esperado. Retomamos mais rápido que imaginávamos em rotas específicas para Estados Unidos e Europa, que se recuperaram muito bem. Se tivéssemos mais capacidade, aviões e pessoal, teríamos mais voos com toda a certeza”, disse o VP de Vendas Internacionais.
Em 2022, segundo Virgílio, “esperamos terminar o ano 75% da capacidade que tínhamos em 2019, e com uma receita bem mais alta, melhor do que 2019 em todos os meses”
Em termos de resultados também globais, em 2022, segundo Virgílio, “esperamos terminar o ano 75% da capacidade que tínhamos em 2019, e com uma receita bem mais alta, melhor do que 2019 em todos os meses. Os custos também estão mais altos. No geral, devemos terminar com 150% da capacidade de 2021 e 75% de 2019. Há diversas áreas que precisam reabrir, como a China e a Ásia como um todo, para que possamos retomar os 100% de capacidade de 2019”, finalizou.
Hoje, a Air Canada tem uma malha aérea que contempla 50 cidades nos Estados Unidos, o que facilita a vida do brasileiro que inicia a imigração pelo Canadá para depois chegar aos Estados Unidos. Além disso, outra novidade é o início dos voos diretos entre Vancouver e Bangkok, na Tailândia, o primeiro direto a partir da América do Norte. São 16 horas para ir e 13 horas para voltar, uma diferença de três horas por conta dos ventos favoráveis no voo de volta.
