Dias após o acidente com o voo AI171 que deixou 241 mortos entre passageiros e tripulantes, a Air India anunciou uma redução temporária de 15% em seus voos internacionais operados por aeronaves widebody (de fuselagem larga). A medida vem em meio às investigações sobre as causas da tragédia e à realização de inspeções reforçadas em sua frota de longa distância.
Em um comunicado, a empresa lamentou o ocorrido e destacou que está prestando assistência às famílias das vítimas, com apoio do Ministério da Aviação Civil e do governo. Equipes da Air India e voluntários do grupo Tata estão em Ahmedabad oferecendo suporte logístico, psicológico e operacional aos familiares.
Além do impacto emocional e da comoção nacional, a tragédia também desencadeou uma série de inspeções reforçadas na frota widebody da companhia. Até o momento, 26 das 33 aeronaves Boeing 787-8 e 787-9 já passaram por verificações de segurança e foram liberadas para operar. As inspeções nos demais aviões devem ser concluídas nos próximos dias. A Air India também anunciou que estenderá esse processo ao restante de sua frota de longo curso, incluindo os Boeing 777.
Redução temporária de voos
A empresa decidiu reduzir parte de sua operação internacional até pelo menos meados de julho. Outro fator que pressiona a malha internacional da companhia é o cenário geopolítico: tensões no Oriente Médio, toque de recolher noturno em vários espaços aéreos da Europa e da Ásia e, agora, uma abordagem mais conservadora por parte de engenheiros e pilotos da empresa. Combinadas, essas condições levaram ao cancelamento de 83 voos nos últimos seis dias.
De acordo com a Air India, a medida busca garantir mais estabilidade, reforçar a disponibilidade de aeronaves reserva e evitar cancelamentos de última hora. Passageiros impactados pela redução poderão remarcar os voos sem custo ou solicitar reembolso integral.
Caso você possua um voo com a Air India, consulte-o no site da companhia.
