América Latina e Caribe obtiveram uma recuperação notável no número de passageiros aéreos transportados pelo setor aéreo em abril, superando outras regiões do mundo. É o que constata o Relatório de Tráfego elaborado pela Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (Alta). Ao todo, 29,1 milhões de passageiros foram transportados na região no mês passado, atingindo 99,8% dos passageiros em relação a abril de 2019.
“Ao longo de 2022, a América Latina e o Caribe continuaram sendo a região do mundo com maior recuperação de passageiros. Um marco impressionante por se tratar de uma região que não recebeu nenhum apoio financeiro durante a pandemia. Este ano de 2023 apresenta importantes desafios econômicos, que impactam diretamente o setor de viagens e turismo, tanto das operadoras quanto dos usuários”, destaca José Ricardo Botelho, presidente executivo e CEO da Alta.
Em comparação com outras regiões, a África caiu para o segundo lugar com uma recuperação de 96,6% em abril de 2023. O Oriente Médio atingiu 95,7%, a América do Norte 93,7% e a Europa 85,3%. O Sudeste Asiático continua sendo a região com menor recuperação, atingindo 83,2%.
Segundo Botelho, a forte recuperação do número de passageiros mostra que a aviação é um serviço essencial, e que as pessoas querem e precisam viajar na região. “Por isso, destaco o contínuo dinamismo e a resiliência de todos os que fazem parte da aviação na região para oferecer mais e melhores opções aos usuários para possam usufruir dos meios mais seguros e eficientes de transportes. Também para que mais pessoas possam beneficiar de uma extensa cadeia de valor que é ativada sempre que um avião aterra numa localidade”, complementou.
MÉXICO SUPERA O BRASIL – No primeiro trimestre (1º trimestre) de 2023, ocorreu um marco significativo no cenário da aviação na região. O México ultrapassou o Brasil como o maior mercado da região. Historicamente, o Brasil sempre possuiu o maior mercado, mas no primeiro trimestre de 2023, o México transportou um total de 29 milhões de passageiros, superando o Brasil, que teve 27,4 milhões. O México cresceu 17% em relação ao primeiro trimestre de 2019, enquanto o Brasil ficou 10% abaixo.